Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Aguiar Junior, Wagner de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-26042023-134204/
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Resumo: |
O uso de instrumentais cirúrgicos corroídos pode expor o paciente a diversos eventos adversos. Esta pesquisa teve como objetivos analisar a resistência à corrosão por pites e a citotoxicidade, dos aços inoxidáveis AISI 304 e AISI 420, em meio contendo solução de cloretos, solução simulante de fluidos corpóreos (solução de Hank`s) e detergentes. Para análise da corrosão por pites, utilizouse a técnica de polarização potenciodinâmica cíclica, norma G61-86 (ASTM,2018). A caracterização morfológica da superfície dos corpos de prova foi realizada por meio de micrografias óticas e imagens obtidas por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foram analisadas as distribuições e as concentrações dos elementos químicos essenciais, com o uso da espectroscopia por dispersão de energia de raios X (EDS). Método de difusão em ágar foi utilizado para investigar citotoxicidade. Aço AISI 304, apresentou maior resistência à corrosão em todos os meios. Na presença de cloretos, os valores médios de potenciais de pite, em solução de soro fisiológico a 0,9% de NaCl, em massa, para o aço AISI 304 foi de Epite médio=0,605 V x Ag/AgCl/KCl sat (dp= 0,047 V) e, para o aço AISI 420, Epite médio=0,356 V x Ag/AgCl/KCl sat (dp= 0,036V). Na presença de solução simulante dos fluidos corpóreos, para o aço AISI 304, a maior resistência a corrosão foi evidenciada por um valor de Epite médio=0,537 V x Ag/AgCl/KCl sat (dp= 0,057 V), mais positivo, quando comparado ao aço AISI 420 (Epite médio= 0,048 V x Ag/AgCl/KCl sat; dp= 0,057 V). Analisando-se os meios que continham apenas detergentes, para o aço AISI 304, a transpassivação foi observada nos meios contendo detergentes com pH alcalino e neutro. Para o aço AISI 420, o fenômeno da transpassivação também foi observado nos meios contendo detergentes de pH alcalino. A presença de fluidos corpóreos, independentemente do tipo de detergente utilizado, protagonizou a quebra da camada passiva, com histerese positiva. Nos meios contendo solução de Hank`s mais detergentes, para o aço AISI 304, os que apresentarem maior resistência à corrosão foram: detergente alcalino enzimático (Epite médio= 0,820 V x Ag/AgCl/KCl sat; dp= 0,003 V); e detergente alcalino (Epite médio= 0,903 V x Ag/AgCl/KCl sat; dp= 0,048 V). Para os aços AISI 420, na mistura contendo solução de Hank`s mais detergentes, observou-se maior resistência a corrosão nos seguintes meios: solução de Hanks + detergente alcalino (Epite médio= 0,718 V x Ag/AgCl/KCl sat; dp= 0,320 V) e solução de Hanks + detergente desinfetante (Epite médio= 0,502V x Ag/AgCl/KCl sat; dp= 0,217 V). Nos ensaios de imersão, os resultados indicaram áreas de manchas e corrosão na superfície do aço AISI 420 após 16 horas de ensaio, e, para o aço AISI 304, os mesmos achados foram observados após 102 horas de ensaio. A análise dos resultados de citotoxicidade celular in vitro, revelou nível de moderado de toxicidade celular (grau 3), compatível com o seu uso como materiais cirúrgicos. |