Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Domaneschi, Carina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-02012008-115758/
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Resumo: |
Este estudo avaliou a prevalência de colonização e infecção bucal por Candida, bem como a de cárie não-tratada em crianças com aids atendidas no ambulatório de Infectologia, Instituto da Criança do HC-FMUSP. Foram examinados 117 pacientes em idade de 3-15 anos (média 9,4 anos) para o estudo da prevalência de Candida, e 125 na mesma faixa de idade para a avaliação da necessidade de tratamento de restauração dentária. Condições clínicas gerais, medicação em uso e dados laboratoriais foram obtidos do prontuário médico referente a cada paciente. O exame bucal seguiu as normas da OMS (1996); questionário sócio-demográfico foi respondido pelos cuidadores. A prevalência de cárie foi avaliada em relação às condições socioeconômicas, comportamentais e clínicas dos pacientes. Para o estudo de associação entre as variáveis foi utilizada a análise de regressão de Poisson com ajuste por idade. Os resultados indicaram 62% de prevalência de colonização bucal por Candida (54%-72%, intervalo de confiança 95%). A manifestação clínica da candidose bucal foi baixa entre os pacientes avaliados (7%), considerando que a maioria das crianças apresentava baixa contagem CD4, alta carga viral e colonização por Candida. Foi identificada associação entre cultura positiva com uso freqüente de antibióticos (razão de prevalência RP = 1,44), sulfa (RP = 1,23), alteração de mucosa bucal (RP = 1,55) e prevalência de cárie nãotratada (RP = 1,93); associação negativa ocorreu quando em uso de medicamentos anti-retrovirais (RP = 0,65). Candida albicans foi a espécie mais isolada (80%); espécies não-albicans corresponderam a 18%. Nenhum caso de colonização por C. dubliniensis foi identificado através de testes fenotípicos. A freqüência de cárie nãotratada em ao menos um dente decíduo ou permanente foi de 58% dentre os pacientes, porcentagem mais elevada que a verificada entre crianças sem aids de mesma idade no Estado de São Paulo. Cuidador familiar com ensino secundário completo representou fator de redução da prevalência de cárie, (RP = 0,51), enquanto aglomeração domiciliar (RP = 1,53) e freqüência diária de ingestão de açúcar (RP = 1,44) associaram com prevalência mais elevada. Carga viral maior que 100.000 cóp/ml (RP = 1,41) e manifestação de sintomas severos da aids (RP = 1,39) também associaram com pior condição dentária. O presente estudo mostra baixa prevalência de lesão bucal, indicativo de que as terapias anti-retrovirais para a doença aids produz resultados clínicos bem satisfatórios, e que crianças com aids têm maior necessidade de tratamento dentário do que crianças HIV negativas. A elevada prevalência de colonização por Candida e de cárie não-tratada em crianças com aids reforça a necessidade e importância da integração do dentista na equipe multiprofissional que atende a esses pacientes. |