Irradiação de alface (Lactuca Sativa, L.) aspectos microbiológicos e sensoriais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Tsuhako, Vanessa Provenzano
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-19012018-135616/
Resumo: A demanda crescente por alimentos frescos tem incentivado o comércio de vegetais minimamente processados, que são disponibilizados já prontos para o consumo. No entanto, apesar de sanitizados, eles retêm a maioria de sua microbiota natural, inclusive patógenos: O armazenamento sob refrigeração favorece o crescimento de microrganismos psicrotrófilos, inclusive patogênicos como a Listeria monocytogenes. A ingestão de alimentos contaminados por L. monocytogenes pode representar um risco a gestantes e seus fetos, indivíduos com imunodeficiência adquirida e outras doenças que comprometam o sistema imunológico. Métodos alternativos de descontaminação que não empregam alta temperatura, como a irradiação, podem reduzir a população de microrganismos patogênicos e deteriorantes, sem causar alterações substanciais nas características sensoriais e fisico-químicas do alimento. Os objetivos desta pesquisa foram avaliar o efeito da radiação gama sobre L. monocytogenes inoculada artificialmente em uma mistura de 4 variedades de alface minimamente processada (Americana, Crespa, Lisa e Crespa Roxa); avaliar seu efeito nas variedades das folhas de alface, em separado, através do teste sensorial de aceitação e determinar a vida de prateleira do vegetal através do teste sensorial de aceitação e de acompanhamento microbiológico. População de L. monocytogenes (7 log UFC/g de alface) foi inoculada em mistura das 4 variedades de alface, já citadas, e expostas a 0,3; 0,6; 0,9 e 1,2 kGy sob refrigeração. Os valores D10 para a L. monocytogenes em salada de alface minimamente processada e irradiada variaram de 0,18 a 0,21 kGy. A análise sensorial e acompanhamento microbiológico indicam que a vida de prateleira das diferentes variedades, quando armazenadas a 10 ºC, foi de 5 e 7 dias para a Americana irradiada e não irradiada, respectivamente; de 10 dias para as amostras não irradiada e irradiada da variedade Crespa; de 3 e 7 dias para a Lisa não irradiada e irradiada, respectivamente e de 4 dias e 5 dias para alface Crespa roxa não irradiada e irradiada, respectivamente. As amostras irradiadas foram mais estáveis microbiologicamente. O processo de irradiação mostrou ser factível para a melhora da inocuidade e qualidade desse alimento.