Materialidades, imaginários e transcendências: uma proposta de \"arqueologia\" nos livros de literatura infantil e juvenil em diálogos com outras artes da cultura brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Macedo, Flávia Maria Reis de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-02012023-120320/
Resumo: Fundamentado nos Estudos Comparados de Literatura, na Crítica Literária e em outras Ciências Humanas e Sociais, como a Antropologia e a Sociologia, a presente pesquisa tem como objetivo investigar os procedimentos utilizados para possíveis diálogos entre textos verbais e visuais nos livros de literatura infantil e juvenil brasileira. Buscam-se a análise e a contextualização histórica e cultural desse tipo de literatura no que se refere aos componentes míticos subjacentes a essas obras, revelando nuances dos imaginários historicamente produzidos na e pela cultura do povo brasileiro. Partimos do pressuposto de que esses estudos são importantes para instaurar uma reflexão crítica sobre o papel do livro de literatura infantil e juvenil como produto cultural capaz de colocar no mesmo suporte duas artes: a erudita (literária) e a popular (esculturas, pinturas, montagens, bordados, assemblages etc.). Para tanto, fazem parte dos corpora utilizados os produtos artísticos feitos pela Berlendis & Vertecchia Editores dirigidos às crianças e aos jovens contendo narrativas criadas a partir de diálogos entre escritores com outras formas de arte: o primeiro livro, A Peleja (1986), de Ana Maria Machado, com ilustrações reproduzidas das artes escultóricas de barro de artistas populares; o segundo, Ave Jorge (1986), de Ziraldo, com reproduções das pinturas ex-votivas ou milagres produzidas por Antonio Maia, ambos integrando a Coleção de Artes para Crianças e Jovens; e, por fim, o terceiro livro do catálogo da mesma editora, este fora da mencionada coleção: Dentro de Mim Ninguém Entra (2016), escrito por José Castello com reproduções visuais de trabalhos de Arthur Bispo do Rosário, cuja edição atualizou o conceito da materialidade do livro de arte para jovens, diferenciando a interação entre literatura e artes visuais. Nesse estudo, procura-se, num tratamento \"arqueológico\" dessas artes, materialidades portadoras de mitos produzidos na e pela humanidade capazes de transcender tempos e espaços.