Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1976 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Gislene Garcia Franco do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240301-154657/
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Resumo: |
O presente trabalho teve como objetivo a obtenção de mutantes resistentes na bactéria Brevibacterium flavum e a verificação de sua produção de lisina, ensaiando-se a variabilidade natural das populações sensível e mutantes. Foram também estudados alguns aspectos da biologia dessa bactéria. A resistência natural da bactéria ao ácido nalidíxico, azida de sódio, estreptomicina, eritromicina e vancomicina foi determinada e obteve-se mutantes resistentes às três últimas drogas. Foram construídas curvas de crescimento das linhagens original (em meio mínimo e nutriente líquido) e resistentes (em nutriente líquido). Determinou-se também as curvas de sobrevivência da linhagem original em relação à estreptomicina, eritromicina e vancomicina. Foi estudado ainda, o crescimento da linhagem original em competição com os mutantes através da mistura de linhagens. Um método semiquantitativo da avaliação do teor de lisina foi ensaiado e a produção de lisina nas linhagens original e mutantes, em diferentes meios de cultura foi feito através de um método quantitativo. Os níveis naturais de resistência dessa bactéria foram 1000, 500, 10, 5 e 0,5 µg/ml para ácido nalidíxico, azida de sódio, eritromicina, estreptomicina e vancomicina, respectivamente. Mutantes resistentes até 10000 µg/ml de estreptomicina, 200 µg/ml de eritromicina e 1 µg/ml de vancomicina, foram obtidos. Os tempos de geração, calculados a partir dos dados das curvas de crescimento, foram 1,75, 2,94, 1,81, 2,12 e 2,17 horas, respectivamente para as linhagens original cultivada em nutriente líquido e meio mínimo e mutantes resistentes à estreptomicina, eritromicina e vancomicina. O crescimento através da mistura de linhagens original e mutantes resistentes, mostrou que ao final de 72 horas, a porcentagem média de mutantes passou de 40,07 a 7,07, 69,87 a 22,20 e 52,12 a 15,19% respectivamente para estreptomicina, eritromicina e vancomicina. As Meias Vidas relativas encontradas para os mutantes resistentes à estreptomicina, eritromicina e vancomicina foram 22,58, 24,32 e 26,73 horas. A linhagem original produziu em média 66,65 µg/ml de lisina em meio mínimo e 283,13 µg/ml em meio mínimo de fermentação. Observou-se grande variabilidade natural quanto à produção de lisina, dentro das populações original e mutantes, sendo que a menor variação encontrada foi para mutantes resistentes à vancomicina nos dois meios de cultura. A maior variação foi para mutantes resistentes à estreptomicina em meio mínimo de fermentação. Com exceção do mutante str4 que diferiu de str2 em meio mínimo de fermentação, nenhuma variação foi detectada quanto à produção da lisina quando se comparou mutantes de cada grupo e original, nos dois meios de cultura considerados. Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que: 1. a alta resistência da B. flavum à azida de sódio e ácido nalidíxico indica que essas drogas podem atuar como seletivas no isolamento de bactérias de fontes naturais. Por outro lado, mutantes resistentes à estreptomicina, eritromicina e vancomicina podem ser obtidos com relativa facilidade nesse microrganismo; 2. o modelo de resistência da estreptomicina, eritromicina e vancomicina frente à B. flavum é do tipo "um só passo"; 3. as mutações para resistência obtidas foram cromossomais, isso com base nas taxas de crescimento e curvas de sobrevivência; 4. o estudo da competição entre as linhagens original e mutantes mostra que as três drogas comportaram-se como fortes para a B. flavum; 5. a produção inalterada de lisina pelas linhagens original e mutantes, revela que estas últimas podem ser utilizadas em fermentações na prevenção de contaminantes. Por outro lado, as taxas de crescimento reduzidas dos mutantes resistentes em relação a linhagem original dificultaria essa utilização. É sugerido que introdução de plasmídeos de resistência possa ser usada nesse sentido; 6. o método semiquantitativo de avaliação do teor de lisina, pode ser utilizado para uma seleção inicial de colônias isoladas mais produtivas de lisina; 7. a correlação quanto à produção de lisina nos meios mínimo e mínimo de fermentação mostra que um único meio pode ser utilizado nessa avaliação; 8. a alta variabilidade encontrada em B. flavum para produção de lisina, sugere que as células podem conter mais de um genoma, ou que ligeiras variações ambientais podem influenciar nessa produção. |