Avaliação da qualidade do serviço de saúde: a visão do cliente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Flavia Janolio Costacurta Pinto da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-22052014-185454/
Resumo: A mensuração da satisfação do usuário quanto ao serviço recebido, passou a ser considerada um elemento de avaliação da qualidade dos serviços de saúde. Diante disso buscou-se avaliar o grau de satisfação dos usuários internados no Hospital Universitário (HU) de Sergipe quanto à qualidade do serviço hospitalar. Trata-se de estudo exploratório, descritivo, com abordagem quantitativa e de corte transversal; desenvolvido em três unidades de internação com pacientes de 18 a 80 anos, alfabetizados ou não e que permaneceram internados por um período mínimo de 48 a 72 horas. Foi aplicado um instrumento para caracterização sócio demográfica da população e a escala SERVQUAL, para determinação do grau de satisfação quanto à qualidade do serviço recebido. A coleta de dados ocorreu em dois momentos distintos, denominados período letivo e período não letivo. Foram entrevistados 305 usuários do serviço de ambos os sexos, com média de idade de 46,2 anos, 177 (58,0%) declararam ter de cinco a dez anos de estudo, 165 (54,1%) participantes não desenvolviam qualquer tipo de atividade econômica, 178 (58,4%) mantinham uma união estável e 157 (51,5%) residiam na capital do Estado. Em relação à experiência prévia de internação hospitalar, 174 (57,0%) afirmaram ter vivido essa experiência, destas, 66 (21,7%) ocorreram no HU. As expectativas dos usuários nos dois períodos analisados concentraram-se no escore cinco, portanto, uma alta expectativa em relação ao serviço. Verificou-se que no período letivo e não letivo, para as cinco dimensões e seus 22 atributos houve resultados negativos próximos de 0 (zero) e a média geral do gap foi de - 0,82 e - 0,86, respectivamente, caracterizando qualidade de serviço aceitável. No período letivo, o maior grau de insatisfação foi referente à dimensão empatia; e no período não letivo a tangibilidade. Na relação dos gaps das cinco dimensões pelos períodos de coleta de dados, confirmou-se a diferença entre o grau de satisfação dos usuários apenas para as dimensões atendimento e empatia. Quanto as variáveis de influência no grau de satisfação, para a dimensão confiabilidade os homens mostraram-se mais insatisfeitos quanto ao serviço em relação às mulheres, assim como na dimensão atendimento. Para a variável escolaridade, os usuários com até quatro anos de estudos apresentaram maior insatisfação em relação aos aspectos da dimensão segurança. Quanto ao grau de importância das características relacionadas à qualidade do serviço de saúde, à dimensão empatia foi considerada prioritária nos dois períodos, assim como a dimensão tangibilidade, foi apontada como de menor importância para a qualidade do serviço. Diante disso, verificou-se que, embora o grau de satisfação dos usuários do HU tenha sido caracterizado como aceitável, pelo presente estudo constatou-se lacunas na qualidade do serviço, as quais até então estavam ocultas às vistas dos gestores desse serviço. Esses resultados constituem importante ferramenta, à medida que, fornecem dados específicos de como os clientes percebem o serviço prestado, e deste modo, facilitam a tomada de decisões, a fim de melhorar a qualidade do serviço. Recomenda-se a implantação de um processo de avaliação contínuo sob a óptica do usuário no HU