Resultados clínicos e radiográficos da prótese total primária não cimentada do quadril (Pinnacle®/Summit®) com seguimento mínimo de cinco anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Savarese, Aniello
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Hip
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-10102023-162158/
Resumo: A artroplastia total do quadril (ATQ) é uma das cirurgias ortopédicas com maior índice de sucesso e satisfação dos pacientes, promovendo alívio da dor e excelentes resultados tem sido descritos com implantes cimentados e não cimentados. O desenvolvimento de implantes não cimentados e a melhora progressiva de seu desenho e revestimento tem contribuído para que a escolha destes implantes seja a preferência em muitos países. O objetivo desse estudo foi analisar a taça Pinnacle® e a haste Summit® com seguimento mínimo de cinco anos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Foram analisados 129 pacientes (136 quadris) submetidos à ATQ com o par Pinnacle®/Summit® realizados de julho de 2009 a dezembro de 2014. Desses 129 pacientes, 11 não completaram o seguimento mínimo, sendo efetivamente avaliados 118 pacientes (125 quadris). Todos os pacientes foram operados pelo acesso lateral de Hardinge, com a mesma técnica operatória e mesmos cuidados pós-operatórios. Foram avaliados clínicamente pelo Harris Hip Score (HHS) e avaliações radiográficas seriadas com quatro semanas, oito semanas, seis meses, doze meses e anualmente. A fixação da haste e da taça foi avaliada por critérios radiográficos bem estabelecidos na literatura e análise de sobrevida foi feita pelo método de Kaplan-Meier. Foi observado melhora do HHS de 36,98 pontos para 88,62 pontos (p<0,01). Todos os componentes acetabulares foram considerados fixos com exceção de um único caso e todas as hastes foram consideradas osteointegradas. Houve duas fraturas intraoperatórias, trinta e nove pacientes apresentaram ossificação heterotópica, três pacientes apresentaram paralisia do nervo ciático e houve duas revisões devido infecção. As taxas de sobrevida de Kaplan-Meier aos 10 anos tendo como desfecho a revisão da haste ou da taça por soltura asséptica foram de 100% e a sobrevida tendo como desfecho a reoperação por qualquer motivo foi de 97,2%. Encontramos uma melhora significativa no HHS e uma baixa taxa de reoperação no seguimento de curto e médio prazo, em concordância aos achados já publicados na literatura. São necessários um seguimento mais longo e um maior número de pacientes estudados para que seja possível avaliar o desempenho destes implantes de forma mais precisa.