Avaliação do estado nutricional de escolares de 1ª a 4ª série em Feira de Santana - Bahia: uma análise para subsidiar políticas de intervenção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Machado, Thais Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-03092008-162619/
Resumo: Introdução - A avaliação do crescimento infantil ultrapassa o olhar técnico expressando, indiretamente, os cuidados sociais e culturais que a criança está vivenciando. Objetivo - Avaliar o estado nutricional dos escolares da 1ª a 4ª série do ensino fundamental acompanhados pela Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (FAMFS) no Município de Feira de Santana-BA. Métodos - Trata-se de um estudo transversal, descritivo, observacional, a partir de dados da FAMFS dos escolares de 5 a 10 anos, de uma escola estadual, assistidos em seus programas. Foram utilizadas medidas de peso, estatura, circunferência do braço (CB) e medidas derivadas (índices de peso para idade - P/I; estatura para idade - E/I; CB para estatura - CB/E e, Índice de Massa Corpórea - IMC). Os pontos de corte adotados para os índices P/I, E/I e CB/E foram - 2,0 e + 2,0 escores z e, para IMC os percentis 5, 85 e 95, das curvas do Center for Disease Control and Prevention (CDC 2000). As comparações foram feitas a partir dos parâmetros de tendência central e dispersão de valores. Definiu-se nivel de significância alfa de 5%. Resultados - A prevalência de baixa estatura, utilizando-se o E/I, foi de 3,5% (IC95%: 1,9 - 6,5). Na avaliação do IMC, verificaram-se prevalências de baixo peso, sobrepeso e obesidade de 5,8% (IC95%: 3,6 - 9,4), 4,7% (IC95%: 2,7 - 8,0) e 2,3% (IC95%: 1,1 - 5,0), respectivamente. Os escolares apresentam tendência progressiva e significativa de aumento da prevalência de baixo peso, a partir de seis anos. A ausência do pai (26,1%) foi mais freqüente que a da mãe (8,9%). O número médio de pessoas no domicílio foi 4,9. A escolaridade dos genitores concentrou-se no ensino fundamental e suas ocupações em atividades braçais e de pouco grau de especialização. É grande a freqüência de mães que são donas de casa e pais pedreiros. Conclusão - As crianças apresentam prevalência de baixo peso e baixa estatura acima da esperada e menor que a esperada de sobrepeso e obesidade. Este cenário indica que esta população é passível de intervenções nutricionais que podem auxiliá-las a garantir seu potencial de crescimento. Contudo tais ações devem se inserir no contexto de proteção social a essas crianças e suas famílias.