Atravessamentos do feminino na clínica psicanalítica: um estudo sobre Dora e Schreber

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Fonseca, Paula Fontana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-16062008-072729/
Resumo: O trabalho tem por objetivo explicitar as possíveis relações entre loucura e feminilidade, tomando como ponto de partida observações efetuadas no exercício clínico, tanto em consultório particular como em instituições de saúde mental, a partir das contribuições teóricas de Freud e Lacan. Denominamos de atravessamentos do feminino as expressões de sofrimento psíquico, em particular nos pacientes que passavam momentos de crise ou desorganização psíquica grave e que, de formas variadas, apresentavam signos referidos ao universo feminino. Inicialmente, realizamos uma retomada histórica da construção do conceito de histeria e, neste percurso, abordamos o quadro da loucura histérica, a partir do qual salientamos como a inclusão da histeria no campo médico acabou por desarticular os três termos que o quadro de loucura histérica carregava: loucura - histeria - feminino. Em seguida, foram analisados os relatos clínicos freudianos de Dora e de Schreber, desde que ambos são ilustrativos de como certos aspectos da feminilidade que irrompem na vida desses sujeitos podem ser entendidos como manifestações clínicas, produzidas como respostas possíveis à hiância aberta pelo encontro com o enigma da feminilidade.