Ecologia, conservação e aspectos taxonômicos do gênero neotropical Davilla Vand. (Dilleniaceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pereira, Ismael Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-30072014-110731/
Resumo: Neste trabalho realizou-se o estudo de distribuição, riqueza e conservação do gênero Davilla Vand. (Dilleniaceae) no Neotrópico. Para tal utilizou-se a modelagem de distribuição de espécies com o algoritmo Maxent. Este produz distribuição das espécies no espaço geográfico a partir de dados ambiental e de ocorrência. Foram estudadas as espécies de acordo com o bioma de ocorrência: Mata Atlântica; Cerrado; e Amazônia. Este grupo está representado no Neotrópico por 25 espécies. Para o Cerrado incluiu-se além das espécies do gênero Davilla as demais espécies da família Dilleniaceae. Os resultados indicaram que no Cerrado o grupo está representado por nove espécies de Davilla, além de Curatella americana L. e três espécies de Doliocarpus Rol., destas cinco são endêmicas (Doliocarpus elegans Eichler e 4 Davilla spp.). Para a Mata Atlântica ocorrem 12 espécies de Davilla, oito delas são endêmicas, incluindo uma espécie ameaçada de extinção. Para a Floresta Amazônica são conhecidas nove espécies, cinco delas endêmicas. Duas outras espécies são Neotropicais, portanto, compartilhadas por todos os biomas citados anteriormente. As demais espécies são de ocorrência em pelo menos dois biomas. Para estes três biomas produziu-se a distribuição e a riqueza de espécies visando comparar os resultados com as unidades de conservação, objetivando discutir questões relativas à conservação deste grupo. Os parâmetros conservacionistas como espécies raras, zonas de endemismo, zonas de alta riqueza, áreas de preservação ambiental, foram confrontados objetivando indicar áreas prioritárias para a conservação do grupo e da biodiversidade. Os resultados indicaram existir três centros de diversidade para este grupo. O principal deles está localizado na Mata Atlântica, principalmente nas florestas litorâneas do estado da Bahia. Outro centro de diversidade localiza-se na região central do Cerrado, especialmente nos estados de Goiás e Bahia. A outra área de diversidade localiza-se próximo à foz do Rio Amazonas e ao longo de seu curso. Devido ao hábito predominante das espécies serem lianas, estas são importantes componentes das florestas, das quais usamos este referencial para discutir questões relativas à conservação destes habitats, de suas espécies e da biodiversidade. As informações completas estão apresentadas nos capítulos de acordo com os respectivos biomas abordados.