Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Aguiar, Laura Maciel Rocha Penteado de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-30032022-162807/
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Resumo: |
O câncer de mama é a neoplasia maligna que apresenta maior mortalidade em mulheres no Brasil. Assim, nos últimos anos, busca-se por novos marcadores diagnósticos e novas opções de tratamentos que possibilitem melhora dos resultados clínicos e redução da mortalidade. A proteína TIM-3 é um checkpoint imunológico e desempenha múltiplos papéis no sistema imune: facilitador da proliferação tumoral, inibidor de processos autoimunes e regulador da resposta inflamatória. A expressão aumentada do immune checkpoint TIM-3 foi encontrada em pacientes com câncer, tanto em células tumorais quanto em linfócitos infiltrando o tumor, em células polimorfonucleares sanguíneas e no plasma, sob a forma solúvel. OBJETIVOS: Avaliar o nível sérico da proteína TIM-3 solúvel em mulheres com câncer de mama, comparativamente a mulheres sem essa neoplasia. Adicionalmente, correlacionar o nível sérico da sTIM-3 com características tumorais como subtipo histológico, presença de receptores hormonais e HER2, grau histológico, estadiamento clínico e índice de proliferação celular. MÉTODOS: Estudo transversal analítico, caso controle, realizado no Setor de Mastologia da Disciplina de Ginecologia do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia FMUSP. No período de setembro 2018 a janeiro de 2021, foram incluídas 59 mulheres com câncer de mama (grupo estudo) e 55 mulheres sem essa neoplasia (grupo controle). Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foram coletados 10ml de sangue de cada participante; as amostras foram centrifugadas e o soro coletado, armazenado a -80ºC e posteriormente testado para as concentrações de anticorpos específicos contra proteínas TIM-3 por meio de testes comerciais ELISA, de acordo com as instruções do fabricante R&D Systems ®. Os dados epidemiológicos e clínicos foram obtidos pela pesquisadora por meio de consulta aos prontuários eletrônicos. RESULTADOS: As médias etárias nos grupos de estudo e controle foram 49,4 e 52,1 anos, respectivamente. Os valores séricos da proteína sTIM3 verificados em mulheres com câncer de mama foram semelhantes aos encontrados em mulheres sem a doença (média 1367 pg/ml versus 1279,8 pg/ml, p = 0,236). O subtipo histológico carcinoma lobular invasivo apresentou valores da proteína sTIM-3 superiores ao demais subtipos: carcinoma ductal invasivo, carcinoma ductal in situ e outros subtipos histológicos, com significância estatística (p<0,05). CONCLUSÃO: Na amostra estudada não houve diferença entre os valores encontrados da proteína sTIM-3 nas pacientes com câncer de mama, comparativamente a mulheres sem essa neoplasia. Entretanto, a mesma encontrou-se elevada no subtipo lobular, quando comparada aos valores encontrados nos outros subtipos histológicos. Com relação as características tumorais, não foram detectadas correlações entre os níveis séricos de sTIM-3 e a presença de receptores hormonais e HER2, grau histológico, estadiamento e índice de proliferação celular. Novos estudos poderão contribuir para uma melhor compreensão do papel de sTIM-3 no câncer de mama, particularmente no subtipo lobular invasivo |