Utilização de ozonização como processo oxidativo avançado para a remoção da matéria orgânica do licor Bayer.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soplin Pastor, Miguel Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-08042021-102203/
Resumo: O processo Bayer é a principal rota de obtenção de alumina, no qual é formado um licor que é produto da interação da bauxita (principal minério de alumino) com hidróxido de sódio quente e concentrado. Um dos problemas operacionais desta rota é o arraste de matéria orgânica da bauxita para o licor, uma vez que esse tipo de material prejudica as etapas subsequentes do processo. O licor se caracteriza por ter uma alta concentração de matéria orgânica devido à natureza da bauxita e pela profundidade de onde é extraída. Devido ao custo elevado do processo , é interessante que se estudem rotas de remoção dos compostos orgânicos do licor para melhorar a eficiência e assim diminuindo o impacto negativo no processamento que ele causa. Dentre as etapas de maior custo está o controle e eliminação da matéria orgânica do licor. Os processos de oxidação avançada (POAs) são métodos utilizados para a degradação da matéria orgânica em resíduos líquidos, por meio da formação de radicais hidroxila (OHo), dentre estes processos existe a ozonização que consiste na injeção de gás ozônio para formação dos radicais. Este trabalho tem como objetivo aplicar a ozonização no licor Bayer para a degradação dos compostos orgânicos nele presentes. Os parâmetros avaliados nesse trabalho foram: a quantidade de carbono orgânico total (TOC), oxalatos e carbonatos presentes no licor e formação de CO2. Primeiramente foram realizados ensaios preliminares para estabelecer condições como vazão de gás, concentração de ozônio, volume de licor, temperatura e tempo. O objetivo desses ensaios era conhecer quais as condições mais otimizadas para realização da ozonização. Uma vez delimitadas as melhores condições operacionais para ozonização, foi estudada a adição de peróxido de hidrogênio a este processo. O uso desse reagente em associação com o ozônio alcançou remover removeu 19% da matéria orgânica contra 12% sem o uso do peróxido, nas mesmas condições de temperatura (80ºC) e concentração de ozônio de 21,9 mg/L. Nessas condições a remoção de oxalato foi de 45,6%, a mineralização do TOC removido em CO2 foi de 95% e a geração de carbonatos sobre um aumento de 2,3%. Após a ozonização o licor apresentou uma mudança na coloração o que indica que os compostos orgânicos, responsáveis pela coloração escura do licor, estariam sendo degradados e formando novos compostos com cadeias menores.