Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Vahle, Marina de Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-05122012-120418/
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Resumo: |
Nossa proposta consiste em realizar uma investigação teórica em torno do conceito de trauma na obra freudiana, assim como das problemáticas a que responde. Objetivamos pesquisar se a teoria do trauma teria de fato desaparecido no período situado entre o abandono da teoria da sedução e os construtos de 1920, como defendem alguns autores na literatura psicanalítica. Nossa hipótese é que a noção de trauma teria continuado a sustentar a teoria freudiana do sofrimento psíquico, não só por meio de aparições esporádicas do conceito nesse período, mas também, implicitamente, por meio das problemáticas a ele relacionadas como a da etiologia das neuroses e dos grandes casos clínicos de Freud: Dora, Homem dos Ratos e Homem dos Lobos. Assim, primeiramente rastreamos a noção de trauma e suas ramificações ao longo da obra e, em seguida, fizemos um estudo desses três casos clínicos, em busca de possíveis configurações traumáticas na história de seus protagonistas. Chegamos ao entendimento de que Freud não trata sempre do mesmo tipo de trauma ao longo dos seus escritos: o termo se mantém, mas com acepções diferentes. Haveria, assim, subtipos do trauma implícitos no discurso freudiano trauma por efração, trauma como falta de mediação entre fantasia e realidade e, ainda, pistas para se pensar um trauma como falha narcísica. A partir desses subtipos, abordamos as consequências clínicas da releitura desse conceito, do ponto de vista do diagnóstico diferencial. Em seguida, apontamos como o aspecto eminentemente econômico que permeia a categoria de trauma influiu na visão de Freud sobre os dispositivos utilizados pelo analista na clínica. Acompanhar as ramificações, assim como o alcance clínico da noção de trauma, consiste em uma tarefa que pode nos oferecer ferramentas teóricas para compreensão dos tipos de constelações traumáticas subjacentes aos sofrimentos intoleráveis daqueles que procuram a clínica psicanalítica |