Modelagem para dados de parasitismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Mota, João Mauricio Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11134/tde-04052006-155937/
Resumo: Experimentos com diferentes objetivos têm sido conduzidos a fim de se estudar o mecanismo do parasitismo, sendo muito comuns os bioensaios para encontrar condições ótimas para a produção de parasitas e para definir estratégias para liberações inundativas no campo. Assim, por exemplo, o número de ovos parasitados depende de fatores como: espécie, tipo e densidade do hospedeiro, longevidade do adulto e densidade do parasita, tipo de alimentação, temperatura, umidade etc. Logo, o objetivo de um determinado ensaio pode ser, então, estudar o comportamento da variável resposta como função do número de parasitóides ou do número de hospedeiros ou ainda do tipo de alimentação. Pode-se verificar que, em geral, as variáveis observáveis so contagens ou somas aleatórias de variáveis aleatórias ou proporções com denominadores fixos ou aleatórios. A distribuição padrão para modelar contagens é a Poisson enquanto que para proporções é a binomial. Em geral, elas não se ajustam dados oriundos do processo de parasitismo, pois suas pressuposições não são satisfeitas, e surgiram modelos alternativos e que levam em consideração o mecanismo de evitar o superparasitismo. Alguns deles supõem que a probabilidade de fuga (evitar o superparasitismo) é função do número de ovos presentes no hospedeiro (Bakker, 1967,1972; Rogers, 1975; Griffits, 1977), outros não consideram tal processo (Daley; Maindonald, 1989; Griffths, 1977). Outros, ainda, incluem o comportamento seletivo do parasita na escolha do hospedeiro e a habilidade do hospedeiro em atrair o parasita (Hemerik et al, 2002). Alguns deles surgiram independemente, outros como generalizações, sendo, portanto, de interesse um estudo adicional para ressaltar pontos comuns entre eles. No presente trabalho, são estudados 19 modelos probabilísticos para explicar a distribuição do número de ovos postos por um parasita em um determinado hospedeiro. Foi mostrada a equivalência entre alguns deles e, além disso, foi provado que um modelo usado por Faddy (1997) na estimação do tamanho de população animal generaliza-os. As propriedades desse modelo são apresentadas e discutidas. O uso do modelo de Faddy para a distribuição do número de ovos no sistema parasita-hospedeiro é o principal resultado teórico dessa tese.