\"Stop the count!\", \"Tá ok?\": Populismo de extrema direita em práticas de comunicação política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gennari, Ana Júlia de Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-12042023-112239/
Resumo: Uma onda direitista cresceu significativamente no mundo durante a década de 2010 e tomou forma robusta no Brasil na figura do atual presidente, Jair Bolsonaro, que, assumidamente, se identificava como admirador de Donald Trump. Ao longo da campanha presidencial e durante seu governo, o político brasileiro adotou práticas comunicativas similares às do ex-presidente dos Estados Unidos. A dissertação debate a aproximação das práticas comunicacionais desses políticos, que envolvem tanto a inserção de suas figuras na grande mídia tradicional quanto forte utilização de meios digitais, com o desenvolvimento de uma retórica política específica. Busca-se verificar o caráter populista e extremista dos discursos comunicacionais de Trump e Bolsonaro, bem como definir o que é populismo de extrema direita (ou autoritário). Em termos metodológicos, o trabalho realiza uma revisão de literatura sobre a trajetória e comunicação de Trump e Bolsonaro, individual e de forma relacional, com a discussão dos conceitos principais do trabalho: o populismo, o populismo de extrema direita e a relação desses conceitos com a comunicação. Os resultados da análise indicam que os políticos podem ser enquadrados como populistas de extrema direita e que, embora tenham muitas similaridades discursivas, existem diferenças importantes a serem consideradas que demarcam suas personas políticas. Essas diferenças por exemplo, no modo como eles constroem um contexto de crise para o qual se colocam como solução estão relacionados a aspectos contextuais e mesmo biográficos de ambos.