Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ruiz, Roseli da Silva Cordeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122019-162328/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo reconhecer e analisar criticamente os processos de constituição identitária dos professores que atuam na rede pública do Estado de São Paulo, com base nos indicadores instituídos pelas avaliações externas. Logo, foram feitas considerações teóricas a partir de dois campos que se entrelaçam: avaliações externas e identidade profissional docente. A partir de um referencial teórico baseado em uma leitura crítica acerca do processo de construção de identidade profissional e avaliações externas, buscou-se identificar alguns mecanismos de identidade construídos a partir dos resultados negativos das avaliações. Tal identificação foi possível a partir da análise do conteúdo das falas trazidas por professores que atuam em duas escolas públicas estaduais, localizadas no município de Carapicuíba, região da grande São Paulo. Foram escolhidos professores que vivenciaram em algum momento da trajetória profissional algumas das aplicações das avaliações do SARESP. Foram realizadas duas reuniões de grupo focal e, durante as sessões, os professores manifestaram suas interpretações sobre uma questão norteadora apresentada pela mediadora da discussão: Como cada um de vocês se posiciona diante das avaliações propostas pelo Estado (SARESP) e como se percebem inseridos no contexto das mudanças curriculares ocorridas no Estado de São Paulo? As falas foram interpretadas pela pesquisadora mediante três categorias básicas de análise: saberes da formação docente; resistência e transgressão; e políticas públicas e liberdade docente. Nas considerações finais, identificaram-se quatro mecanismos construídos pelos professores a partir do resultado negativo das avaliações: negação, transferência de responsabilidades, resistência e vitimização. Em relação à negação, considerou-se a possibilidade de o professor negar a existência do problema e agir, tendo como proposta uma ação calcada pelo currículo oculto. Quanto à transferência, considerou-se que os professores possam transferir as responsabilidades dos resultados a diversos personagens, sem se incluir nesse contexto. Já no que se refere à resistência, considerou-se a possibilidade do professor agir com base na rejeição. O quarto mecanismo é desenvolvido pelo professor ao se representar como vítima em um cenário desenvolvido pelas avalições externas. Portanto, considera-se que o professor modela sua identidade profissional a partir das políticas de resultados propostas pelo contexto das avaliações externas. |