Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Prando, Silvana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-31012020-093951/
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Resumo: |
Introdução: A quantificação do metabolismo cerebral da glicose em pequenos animais é importante para o estudo dos mecanismos fisiopatológicos e da ação de drogas no sistema nervoso central. Atualmente, na pesquisa pré-clínica, estão disponíveis métodos qualitativos (visuais) e quantitativos para avaliação do metabolismo cerebral da glicose. Um dos problemas dos estudos in vivo de pequenos animais é a necessidade de contenção durante a aquisição das imagens para evitar os artefatos causados pela movimentação. Por essa razão, os animais devem ser restringidos fisicamente ou mantidos sob a ação de anestésicos. Como os anestésicos causam modificações na fisiologia dos sistemas nervoso central, cardiovascular e respiratório, a medida da captação da 18F-FDG no cérebro pode ser comprometida. Objetivos: Avaliar a concordância e correlação entre as técnicas de quantificação do metabolismo da 18F-FDG no sistema nervoso central de ratos anestesiados utilizando o método de compartimentos com dois tecidos (2TCM) e os métodos simplificados: Patlak, Fractional uptake rate (FUR), Standardized uptake value (SUV) e Standardized uptake value corrigido para glicemia (SUVgl). Avaliar os efeitos dos anestésicos isoflurano e cetamina associada à xilazina no metabolismo da 18F-FDG pelo sistema nervoso central de ratos, utilizando os métodos 2TCM, Patlak, SUV e análise baseada em voxel (ABV). Métodos: CEUA n 026/14. Trinta e três ratos, machos, adultos normais com aproximadamente 6 semanas de vida, espécie Rattus norvegicus da linhagem Wistar, foram submetidos a exame de imagem de PET. Os animais foram divididos em dois grupos, conforme o anestésico empregado, isoflurano (I=15) ou cetamina associada à xilazina (KX=18), e foram submetidos a cirurgia para inserção de um cateter de poliestireno na artéria femoral. A PET foi iniciada simultaneamente com a injeção do traçador 18F-FDG e as imagens foram adquiridas no modo dinâmico por 60 minutos, formatadas em 20 imagens (8x30, 2x60, 2x120, 2x150, 3x300, 3x600 segundos). Durante o período de aquisição das imagens foram retiradas amostras de sangue arterial da artéria femoral. As imagens foram reconstruídas com o método OSEM-2D (20 iterações; 4 subconjuntos) e analisadas através dos métodos: 2TCM, Patlak, FUR, SUVgl, SUV e ABV, conforme o objetivo em estudo. Para a análise com FUR, SUV, SUVgl e AVB, utilizamos os últimos 30 minutos do estudo. Resultados e Discussão: O Ki 2TCM apresentou forte correlação (r=0,9935) e concordância (CC=0,991) com o valor de Ki estimado pela análise de Patlak. Os resultados obtidos pelo método FUR apresentaram excelente correlação com o Ki obtido tanto pelo 2TCM (r=0,9385) quanto pelo Patlak (r=0,9472), quando comparado com SUV ou SUVgl. Na análise dos efeitos dos anestésicos através dos métodos 2TCM e Patlak, verificamos que no grupo KX houve redução do K1 (0,173 vs 0,283; p < 0,001) e do volume de distribuição (0,505 vs 0,760; p < 0,001). Não houve diferença significativa do Ki entre os anestésicos estudados. Os resultados obtidos utilizando a ABV indicam que existe um padrão heterogêneo de captação para cada anestésico estudado que concorda com a quantificação relativa do Ki e SUVR (córtex/cérebro). O SUV indicou redução significativa na captação da 18F-FDG para o cérebro total sob vigência da KX (1,305 vs 1,879; p < 0,001), entretanto, devido a alterações fisiológicas causadas pelos anestésicos, essas diferenças não devem ser valorizadas. Conclusão: Nossos achados sugerem que existe uma concordância entre os métodos 2TCM e Patlak, permitindo a utilização do método simplificado de Patlak em estudos pré-clínicos de quantificação do metabolismo cerebral da 18F-FDG em ratos. Entre os métodos simplificados estudados, o melhor correlacionado com o padrão ouro (2TCM) foi o FUR. A correção de SUV pela glicemia basal utilizando métodos de cabeceira de leito, comuns nos estudos pré-clínicos, deve ser vista com cautela, uma vez que introduz mais uma fonte de erro à quantificação. Em relação aos efeitos dos anestésicos utilizados, verificamos que ambos produzem uma heterogeneidade no metabolismo cerebral da glicose |