Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Monção, Maria Aparecida Guedes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122013-151305/
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Resumo: |
O trabalho teve como objetivo estudar em que medida pode efetivar-se, nas instituições de educação infantil, uma gestão democrática que possibilite o compartilhamento da educação e do cuidado da criança pequena entre educadores e famílias. Além disso, buscou-se analisar a interação entre família e Centro de Educação Infantil (CEI), com vistas a identificar a especificidade da administração educacional nesse segmento. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada por meio de um estudo de caso de cunho etnográfico. A pesquisa empírica ocorreu em um CEI da rede municipal de São Paulo, instituição pública que atende crianças de 0 a 4 anos. Os procedimentos técnicos para a efetivação do estudo empírico conjugaram a observação participante, a entrevista semiestruturada e a análise documental. Foram entrevistadas professoras, equipe de gestão, equipe de apoio, famílias e supervisora de ensino. A coleta e a organização dos dados pautaram-se em três eixos analíticos: 1) a relação entre professoras e crianças; 2) a relação entre professoras e equipe de gestão; e 3) a relação entre educadores e famílias. Constatou-se, no âmbito do CEI pesquisado, um contexto educacional complexo, envolto em práticas autoritárias e pouco atentas às crianças e a suas necessidades. As tensões nas relações entre professoras e crianças, entre professoras e equipe de gestão e entre professoras e familiares evidenciaram um panorama institucional denso, com disputas de poder e ausência de um projeto pedagógico coletivo, mostrando quanto ainda estamos distantes de uma gestão democrática que realmente possibilite a educação integral das crianças e seu compartilhamento por CEI e famílias. A relação entre familiares e educadores ainda é conflituosa, com muitos problemas de comunicação e a predominância de uma visão negativa das professoras a respeito das famílias. De modo geral, a participação dos familiares das crianças no CEI é pequena especialmente no Conselho de CEI e eles pouco se pronunciam nas reuniões, adotando uma postura passiva, de escuta. Por fim, ao considerar a faixa etária das crianças que frequentam o CEI, as quais demandam constante atuação dos adultos para auxiliá-las no processo de conhecer o mundo e a si mesmas, concluiu-se que o compartilhamento da educação e do cuidado da criança assume uma natureza diferente da dos outros segmentos educacionais, tornando necessário o diálogo permanente entre famílias e educadores para socializar, negociar e decidir sobre a educação da criança, configurando-se esta como a especificidade da gestão nas instituições de educação infantil. |