A formalização integral e a sua contribuição para o desempenho econômico-financeiro das micro e pequenas empresas brasileiras (MPEs)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Castanheira, Dariane Reis Fraga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-04092017-165326/
Resumo: O objetivo deste estudo é investigar a relação entre a formalização integral e o desempenho econômico-financeiro em micro e pequenas empresas brasileiras (MPEs).A formalização integral foi considerada sob as dimensões: societária, gerencial e fiscal.A formalização societária contempla ações entre os proprietários que poderão levar ao bom andamento da sociedade empresarial e à remuneração adequada do capital investido na empresa. A base conceitual é a profissionalização da sociedade (MOREIRA JÚNIOR, 2006; DRUCKER, 1995; BERNHOEFT e CASTANHEIRA, 1995, entre outros) e a observação de normas civis brasileiras que tratam das relações entre pessoas físicas e jurídicas. Os conceitos planejamento e controle financeiro (FREZATTI, 2003; WELSCH, 1983) e competências gerenciais (LE BOTERF, 2003; DUTRA, 2004; FLEURY e FLEURY, 2001) foram abordados para dar sustentação à formalização gerencial. A formalização fiscal, entendida pela estruturação da empresa, física e financeiramente, para o cumprimento das regras estabelecidas pelos governos e passíveis de fiscalização e autuação (MONTAÑO, 1999; ZANGARI JÚNIOR, 2007). Os conceitos relativos ao desempenho econômico-financeiro foram analisados no sentido de evidenciar a relação deste com a competitividade, ganho de eficiência e eficácia, criação de valor para o negócio, geração de caixa para os investidores e continuidade do negócio (COPELAND, et al., 2002; RAPPAPOR, 2001; EHRHARDT e BRIGHAM, 2012; ELKINGTON, 1999). A amostra deste estudo é não-probabilística e formada por 100 empresas que manifestaram o interesse em participar. Foram utilizados dados primários, coletados por levantamento de campo (survey), utilizando entrevista focalizada e a técnica do balanço perguntado(MARTELANC, 1998). Submeteram-se os dados a técnicas descritivas multivariadas, inclusive modelagem de equações estruturais. As hipóteses foram construídas na suposição de que o desempenho econômico-financeiro se dá pela formalização societária, gerencial e fiscal e que a expectativa de sobrevivência aumenta com melhor desempenho econômico-financeiro. Os resultados comprovaram que a formalização societária, a gerencial e a fiscal têm relação estatística positiva, significante e indireta com o desempenho econômico-financeiro e este explica a expectativa de sobrevivência das empresas estudadas. O achado é relevante visto que traz um novo meio para tratar dos problemas da informalidade e sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras, porém requer avanços e novos estudos.