Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Arlei Wiclif Leal da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2139/tde-23092022-080858/
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Resumo: |
Objetiva-se, com o presente trabalho, investigar a construção identitária de sujeitos considerados abjetos pela dominante e compulsória normatização de gênero, a qual busca ajustar-nos às expectativas e demandas socialmente definidas no nascimento por uma estrutura que nos concebe como indivíduos monoliticamente revestidos de papéis sexuais. Para tanto, tencionou-se recorrer ao exame de aspectos atinentes à vida, existência e resistência de pessoas que não se confinam no padrão estético-comportamental hegemônico e que, em razão disso, problematizam a questão do gênero e o binarismo que lhes é imposto por uma sociedade desacostumada com as configurações identitárias que transcendem as rígidas e preconcebidas representações de feminino e masculino. Nesse diapasão, sem pretender esgotar o estudo das variadas e complexas expressões e identidades de gênero que não podem (nem devem) ser exclusivamente circunscritas a definições e elucidações teóricas , planejou-se refletir sobre os principais elementos conceituais, históricos, legais, práticos e jurisprudenciais concernentes ao tema, coligandoos com as informações obtidas em depoimentos e relatos de pessoas que integram o amplo universo da transgeneridade e da não-binariedade de gênero e que clamam pelo reconhecimento de suas individualidades, experimentando cotidianamente a angústia de sobreviver às exigências de normas sociais que restringem as condições e necessidades básicas de suas vidas. Propôs-se, com isso, desenvolver, breve e despretensiosamente, a ideia de que as identidades de gênero devem ser repensadas para além das inflexíveis referências bifacetárias e heterocisnormativas de mulher e homem e compreendidas como múltiplas, móveis e flutuantes, não respondendo apenas a fictícios padrões homogêneos, mas, sobretudo, a estímulos subjetivos, íntimos e privados. |