Efetividade clínica e segurança do tratamento percutâneo da comunicação interatrial tipo ostium secundum com a prótese Amplatzer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Braga, Sergio Luiz Navarro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-20082007-095305/
Resumo: O fechamento percutâneo da comunicação interatrial tipo ostium secundum, tem se constituído no método terapêutico alternativo ao tratamento cirúrgico. A presente investigação avaliou a prótese autocentrável Amplatzer. na oclusão desses defeitos, sob a hipótese da eficácia e segurança desta nova concepção instrumental. Para tanto, averiguamos: o porcentual de sucesso técnico, a presença e quantificação do fluxo residual imediato e sua evolução e o impacto do tratamento nas dimensões do ventrículo direito. A casuística foi de 49 pacientes, com a idade variando de 3,4 a 56,2 anos (mediana de 13,3 anos) e 59,2% eram do sexo feminino. O ritmo sinusal esteve presente em 96% dos casos e 85,7% destes evidenciaram índice cardiotorácico > 0,50. O defeito apresentou-se como orifício único em 91,8% dos casos. A borda ântero-superior era deficiente em 40,6% e as médias dos diâmetros longitudinal e transverso corresponderam a 14,3 mm (DP = 5,0 mm) e 14,4 mm (DP = 4,9 mm). A relação fluxo pulmonar / fluxo sistêmico oscilou entre 1,2 a 3,5 [média 2,0 (DP = 1,4)]. A média dos diâmetros estirados foi de 19,3 mm (DP = 5,1 mm) e o das próteses empregadas de 20,3 mm (DP = 4,9 mm). Houve sucesso técnico em 97,9%. A média dos tempos do procedimento foi de 73,8 min (DP = 30,9 min). A única complicação imediata foi taquicardia supraventricular paroxística em 6,1% dos casos. Observou-se fluxo residual imediato em 54,1% dos casos, (45,8% mínimos ou pequenos e 8,3% moderados) caindo para 25% após 24 horas (p = 0,0002). Neste mesmo período houve também diminuição dos pacientes com índice cardiotorácico > 0,50 de 85,7% para 68,4% (p = 0,016). Ao final de 13,1 meses (DP = 1,3 meses) a incidência do fluxo residual reduziu-se para 14,6%, sendo apenas 4,1% moderados. Houve redução significante do diâmetro diastólico do ventrículo direito nas diversas fases do seguimento clínico (p < 0,001). Conclusões: o porcentual de sucesso técnico com o dispositivo Amplatzer® foi alto (97,9%); a incidência de fluxo residual tardio foi de 14,6%; houve redução progressiva e importante do índice cardiotorácico > 0,50 em conseqüência da diminuição significante e progressiva das dimensões do ventrículo direito, o qual atingiu normalização entre o 3º e o 12º meses. As evidências foram de que o dispositivo Amplatzer® permaneceu estável e incorporado ao septo interatrial ao final da observação constituindo-se numa opção segura e eficaz para o tratamento de casos selecionados