Influência da poluição no padrão de crescimento fetal: um estudo de coorte de gestantes do município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Castro, Ana Lucia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-03092019-101029/
Resumo: Introdução: A poluição do ar é associada a alterações no crescimento fetal, especialmente à restrição de crescimento fetal. Porém, não há estudos que tenham avaliado a exposição individual ao NO2 e O3 em relação ao padrão de crescimento fetal esperado de acordo com a curva personalizada de crescimento fetal. Objetivo: Avaliar a influência da poluição, nutrientes antioxidantes e fatores socioeconômicos no padrão de crescimento fetal. Métodos: Estudo prospectivo com 301 gestantes entre março de 2011 e dezembro de 2013, incluídas no projeto PROCRIAR, provenientes de quatro Unidades Básicas de Saúde da zona oeste da cidade de São Paulo. Os critérios de inclusão foram: gestação única, idade gestacional inferior a 14 semanas no momento da primeira ultrassonografia, ausência de doenças maternas preexistentes, concordância com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).Os critérios de exclusão foram: diagnóstico de abortamento, morte fetal, malformação fetal, diabetes mellitus gestacional, pré-eclâmpsia, mudança de endereço para fora da área de recrutamento, desistência da participação, não comparecimento aos exames ultrassonográficos subsequentes, Amostradores Passivos Individuais (API) sem condições adequadas para análise e impossibilidade de definir o padrão de crescimento fetal (mudança nas faixas de classificação do crescimento fetal em todas as medidas ultrassonográficas e de peso no nascimento).Os poluentes (NO2 e O3) foram avaliados através de amostradores passivos individuais que as gestantes carregavam na semana anterior a avaliação ultrassonográfica, em cada trimestre gestacional. O peso fetal foi estimado através do diâmetro biparietal, circunferência cefálica, circunferência abdominal e comprimento do fêmur e o crescimento fetal foi avaliado através da curva de peso fetal personalizada e posteriormente os fetos foram classificados de acordo com o padrão de crescimento fetal em estável, diminuído ou aumentado. Foram avaliadas a influência dos fatores socioeconômicos, nutricionais e da poluição nos trimestres gestacional. Resultados: Escolaridade com menos de oito anos de estudo e a maior exposição do O3 no segundo e terceiro trimestre foram associados à diminuição do padrão de crescimento fetal (p=0,003, p=0,044 e p=0,007, respectivamente). Não observamos relação entre os níveis de NO2 e mudanças no padrão de crescimento fetal. Em relação aos nutrientes antioxidantes não foi encontrada relação com o padrão de crescimento fetal. Conclusão: Níveis mais elevados O3 no segundo e terceiro trimestre e escolaridade com menos de 8 anos de estudo associam-se à diminuição no padrão crescimento fetal