Minerais orgânicos na dieta de vacas leiteiras no período de transição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Guilherme Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-11032022-093432/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar a utilização de doses reduzidas de microminerais oriundo de fonte orgânica (Bioplex® Co, Cu, Mn, Zn, e Sel-Plex® . Alltech Inc. Nicholasville. KY) em comparação a fonte inorgânica durante o período de transição em vacas leiteiras sobre os efeitos de produção e composição do leite, digestibilidade da matéria seca e nutrientes, qualidade oocitária e embrionária, perfil metabólico sanguíneo, sistema imune e concentrações de minerais no plasma, colostro e tecido hepático. Neste sentido, a hipótese deste estudo foi que a utilização de Cu, Zn, Mn e Co na forma orgânica, na dose de 50% da dose inorgânica influencie positivamente o desempenho produtivo, sistema imune e perfil metabólico de vacas leiteira durante o período de transição. Foram utilizadas vinte e quatro vacas da raça Holandesa distribuídas em um delineamento experimental de blocos casualizados, sendo as mensurações realizadas a partir de 30 dias antes da data prevista para o parto, até 60 dias pós-parto. Os tratamentos experimentais foram: controle (CON), seguindo recomendações do NRC e literatura recente para recomendações de microminerais, com utilização de fontes inorgânicas na forma de sulfatos; e minerais orgânicos ou proteinados (MP) com utilização de 50% dos níveis na dieta controle para Zn, Cu, Co e Mn na forma orgânica. Os níveis de selênio foram iguais em ambos tratamentos, diferenciando apenas a fonte (inorgânica para o tratamento CON e orgânica para o tratamento MP). A utilização de minerais proteinados aumentou a produção de leite (P < 0,05) entre as semanas 5 e 8 pós-parto, diminuiu (P < 0,05) a porcentagem de gordura no leite e aumentou o consumo de matéria seca (P < 0,05) no mesmo período. O consumo de proteína bruta também foi maior (P < 0,05) entre as semanas 5 e 8 pós-parto e o escore de condição corporal tendeu (P = 0,072) a ser maior para os animais que receberam que receberam minerais proteinados. Não foram observadas diferenças (P > 0,05) para as variáveis de digestibilidade balanço de energia e nitrogênio e síntese de proteína microbiana entre os tratamentos. Maiores concentrações plasmáticas ureia, BHBA e quantidade de selênio no colostro foram observadas para os animais que receberam dietas com minerais proteinados (P < 0,05). Houve tendência (P = 0,089) para maior concentração de selênio plasmático para os animais que receberam minerais proteinados; o mesmo tratamento também reduziu (P < 0,05) a quantidade de oócitos total, viáveis GIII e cultivados. Com relação ao sistema imune, os animais que receberam fontes proteinadas de microminerais apresentaram maior (P < 0,005) amplitude de distribuição de eritrócitos, contagem de linfócitos e porcentagem de espécies reativas ao oxigênio, e tendência (P = 0,063) a diminuição na contagem de neutrófilos. As dietas com microminerais reduzidos na forma proteinadas durante o período de transição aumentam a produção de leite e consumo de matéria e não alteraram as concentrações hepáticas de Zn, Mn, Co e Se, e também não influenciaram a os valores de GPX, e TAS.