Relações entre qualidade fisiológica, disponibilidade hídrica e desempenho de sementes de soja (Glycine max (L.) Merrill.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1987
Autor(a) principal: Sá, Marco Eustáquio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-185710/
Resumo: Sementes de soja dos cultivares IAC-FOSCARIN 31 e IAC-8 apresentando qualidades fisiológicas distintas e submetidas ou não a tratamento com fungicida, foram semeadas sob condições de diversos níveis de água, em terra e em rolos de papel toalha. Em terra, foram estudados os potenciais matriciais de -1/3atm, -2atm, -4atm, -6atm e -8atm, enquanto que no germinador foram empregadas soluções de manitol para simular condições de deficiência hídrica, utilizando-se potenciais osmóticos semelhantes aos matriciais utilizados para a terra. Adotou-se um arranjo fatorial 5x3x2 (cinco níveis de água x três níveis de vigor x dois tratamento com fungicida), com quatro repetições, em cinco épocas de semeadura. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Análise de Sementes do Departamento de Agricultura e Horticultura da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz” Piracicaba, Universidade de São Paulo. Realizaram-se as seguintes determinações: germinação e emergência total, velocidade de germinação e de emergência, primeira contagem do teste de germinação, comprimento de radícula e de hipocótilo e peso da matéria seca das plântulas, com o objetivo de avaliar os efeitos dos níveis de água, da qualidade e do tratamento das sementes sobre o desempenho das mesmas nas diferentes condições estudadas. Após a análise e interpretação dos dados obtidos, pode se concluir que: - Há diferenças no comportamento de sementes de soja em função da disponibilidade de água após a semeadura. Nesse aspecto, o desempenho depende diretamente da qualidade fisiológica, pois sementes mais vigorosas mostram-se mais resistentes condições de deficiência hídrica do substrato. - Dentre os potenciais hídricos avaliados, - 1/3 atm revelou-se o mais adequado; porém, a -2 atm a germinação de sementes de soja é satisfatória. Potenciais matriciais de -4,0 e -6,0 atm prejudicam sensivelmente a germinação, mas não impedem a realização do processo. Assim, a semeadura em solo seco deve ser efetuada em potenciais matriciais inferiores a -8 atm, situação em que as mesmas podem permanecer por determinado período de tempo, aguardando condições mais adequadas para geminar e emergir. - O tratamento fungicida é benéfico à germinação à emergência de plântulas, quando há redução do potencial hídrico, permitindo desempenho superior destas em relação ao de sementes não tratadas.