Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Girasol, Carlos Eduardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-13072022-153535/
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Resumo: |
Uma das limitações da fotobiomodulação é a geração da potência pelos equipamentos e a consequente fluência fornecida aos tecidos, associada as características ópticas da pele, o que implica na profundidade de penetração in vivo. Clinicamente, a literatura aponta melhora no desempenho muscular associado a fotobiomodulação. Entretanto, há uma lacuna entre os parâmetros físicos da fotobiomodulação e o desempenho muscular. A presente tese, dividida em três estudos, avalia a fotobiomodulação quanto a potência, espalhamento, transmissividade e seus efeitos biológicos em indivíduos saudáveis. Estudo 1 - Avaliar a potência e o diâmetro do feixe dos lasers de baixa potência. Foram avaliados vinte e quatro equipamentos com um tempo médio de aquisição de 11 ± 5 anos, com um uso semanal médio inferior a trinta minutos. Os resultados demonstram variações da potência entre 2% a 134% e de 38% e 543% no diâmetro do feixe frente os valores declarados. Destaca-se que, mesmo entre a mesma marca e modelo, foram obtidas diferenças de diâmetro. Finalmente, foram observadas diferenças na potência de saída após um e três minutos de emissão sequencial para 830 nm e 904 nm (p<0,05), mas não ao comparar a diferença entre os comprimentos de onda no fator tempo. Estudo 2 - Analisar a influência da melanina na transmissão e espalhamento do laser 660 nm e 830 nm na pele e tendão in vivo. Trinta indivíduos jovens de ambos os sexos foram recrutados, divididos em dois grupos com base na concentração de melanina e submetidos a protocolos de fotobiomodulação na região posterior do cotovelo (pele-pele) e no tendão do calcâneo (pele-tendão-pele). A área de irradiação foi avaliada usando uma matriz linear de cinco sensores. Foram encontrados valores inferiores de potência transmitida para maiores índices de melanina e menores comprimentos de onda (p<0,05). A dispersão do feixe para 660 nm foi de 14 mm e 21 mm e para 830 mm foi de 20 mm e 26 mm, considerando os maiores e menores índices de melanina, respectivamente. Estudo 3 - Analisar os efeitos do treinamento associado a fotobiomodulação nas capacidades de força, atividade metabólica e escalas clínicas em indivíduos saudáveis. Cinquenta e seis participantes do sexo masculino foram divididos em quatro grupos (Sham, 60 J, 300 J e Incremental) que, após avaliação da composição corporal e dinamometria isocinética, executaram dez sessões de treinos associado a aplicação de fotobiomodulação prévia. Não foram observadas diferenças significativas (p<0,05) entre os grupos para os índices da dinamometria isocinética, com pequenos a moderados efeitos a favor da dose incremental e máxima, sendo observados os mesmos desfechos para demanda psicofisiológica do exercício ou a carga. Como conclusão geral, há necessidade de um esforço compartilhado por parte dos fabricantes dos equipamentos e operadores, tanto para melhorar a padronização e a consistência dos equipamentos, quanto para manutenção e monitoramento do desempenho ao longo do tempo. Frente as individualidades, a transmissão da luz laser in vivo está relacionada ao comprimento de onda, diâmetro do feixe, espessura, composição do tecido e ao índice de concentração de melanina. Finalmente, a terapia de fotobiomodulação associada ao protocolo de treinamento não promoveu resultados superiores para capacidade muscular, índices psicofisiológicos e metabólicos entre os diferentes grupos avaliados. |