Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Scachetti, Michelle Tereza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18156/tde-22072016-083658/
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Resumo: |
A Avaliação do Ciclo de Vida é uma das principais técnicas de avaliação ambiental de bens e serviços e pode ser classificada em duas abordagens: atribucional e consequencial. A atribucional, caracterizada pelo uso de dados médios de ICV e de alocação de coprodutos, tem como objetivo a avaliação dos impactos ambientais de um produto do berço ao túmulo, em um sistema estático. A ACV consequencial consiste na avaliação das consequências ambientais em um sistema dinâmico, orientado por mudanças. Esta abordagem vem sendo intensamente discutida na literatura internacional, porém, no Brasil ainda se trata de um tema pouco explorado. O presente trabalho visa aprofundar a discussão entre as duas abordagens da ACV. Para isso, utilizaram-se os seguintes procedimentos metodológicos: revisão da literatura e aplicação das abordagens ao biocombustível etanol hidratado de cana-de-açúcar. Os resultados apontam que a ACV atribucional apresentou maiores cargas ambientais em todas as categorias de impacto, com principalmente nas categorias de Ecotoxicidade Aquática, Ecotoxicidade Terrestre e Depleção Abiótica. Isto se deve à subtração das cargas ambientais referentes aos produtos evitados, considerados na análise devido à expansão do sistema realizada na abordagem consequencial com a finalidade de evitar a alocação que, por sua vez, foi utilizada na abordagem atribucional. Notou-se que, em teoria, a principal diferença entre as abordagens da ACV consiste em seus distintos alinhamentos quanto à aplicação pretendida, sendo a atribucional voltada ao conhecimento dos impactos ambientais do ciclo de vida de um produto e identificação de pontos críticos no sistema, e a abordagem consequencial voltada à identificação das consequências ambientais geradas por uma mudança no sistema de produto investigado. Na prática, entretanto, foram encontradas algumas limitações que comprometeram a operacionalização do estudo consequencial, distanciando-a do seu propósito teórico. Dentre estas limitações merecem destaque: o grande número de simplificações intrínsecas ao método aplicado e a falta de transparência quanto à base de dados de background utilizada. Notou-se que a operacionalização da ACV consequencial é bastante complexa, pois despende muito tempo e recursos, principalmente na coleta e validação de informações de mercado. Portanto, reforça-se a necessidade de esforços no sentido do desenvolvimento de métodos menos subjetivos e mais sistemáticos para a abordagem consequencial além de diretrizes mais esclarecedoras explicitando as diferenças quanto ao conteúdo, contextos e formas de aplicação das abordagens atribucional e consequencial da ACV e indicando em quais situações elas podem ser complementares. |