Perfil e atuação dos farmacêuticos comunitários do município de São Paulo na vigência da Resolução 44/2009 da ANVISA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pivello, Vera Lucia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-09022015-103244/
Resumo: Após décadas de afastamento, o farmacêutico busca retornar ao seu local primeiro de atuação, a farmácia. Esse retorno apresenta-se como tendência em muitos países, e também no Brasil. Entidades governamentais e profissionais esforçam-se para revalorizar a atuação do farmacêutico junto às atividades assistenciais, e uma contribuição significativa ocorreu com a publicação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC 44, em 17/08/2009. A Resolução estabelece critérios e condições mínimas para o cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas, e dá respaldo a vários Serviços Farmacêuticos no ambiente das farmácias e drogarias. Diante da tendência de retorno do farmacêutico à assistência, do crescimento dos cursos de Farmácia no país e do grande número de recém-formados que ingressam no segmento de farmácias e drogarias a cada ano, justifica-se verificar com se desenvolve o trabalho desses profissionais. O objetivo do presente trabalho consistiu em avaliar o perfil e a atuação dos farmacêuticos na vigência da Resolução 44/2009, em farmácias e drogarias do município de São Paulo. O estudo descritivo transversal desenvolveu-se junto às farmácias e drogarias do município de São Paulo, com aplicação de questionário ao farmacêutico. Abordou características gerais desse profissional e do estabelecimento, conhecimento do mesmo sobre a Resolução 44/2009, atividades assistenciais, relacionamento com os componentes da equipe de trabalho, aspectos de documentação, e a visão do farmacêutico, tanto de sua atividade como de si mesmo. As respostas foram testadas estatisticamente, e procurou-se verificar se a Resolução 44/2009 tem provocado mudanças em sua atuação, em relação aos Serviços Farmacêuticos (SF). Buscou-se identificar os principais fatores que se apresentam como obstáculos para o retorno do farmacêutico ao seu papel de agente de saúde. Os resultados indicaram que os farmacêuticos das farmácias e drogarias do município de São Paulo são jovens, formaram-se principalmente em instituições privadas, estão familiarizados com o termo \"atenção farmacêutica\", mas nem todos conhecem as condutas que esta prática envolve. Foram observados aspectos positivos, como a percepção dos profissionais de que a Resolução 44/2009 valorizou seu trabalho e que tem havido reconhecimento crescente de sua atuação. Existe inclinação para a prática assistencial, mas os farmacêuticos não desenvolvem plenamente os SF da Resolução 44/2009. Há, no entanto, muitas barreiras para a efetivação da atenção farmacêutica e demais serviços, o que dificulta a inserção do farmacêutico nas práticas assistenciais. Dentre as mais citadas estão a falta de tempo para tais práticas, formação deficiente ou inadequada, falta de autonomia e autoridade dos farmacêuticos, e a resistência dos empresários em considerar os serviços farmacêuticos como um diferencial de atendimento e possibilidade de ganhos financeiros.