Mercados brasileiro e canadense de etanol: uma análise comparativa sob a ótica da Nova Economia Institucional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Guerra, Fábio Bandeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-16082012-104550/
Resumo: No atual contexto mundial de incessante busca por fontes renováveis de energia, o desenvolvimento do mercado de etanol tem sido recorrentemente discutido na academia, assim como na sociedade como um todo. Nesse sentido, abre-se espaço para estudos que visam o aperfeiçoamento desta cadeia agroindustrial, bem como o aprimoramento dos programas destinados à promoção deste biocombustível. Frente a esta demanda, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise comparativa entre os mercados brasileiro e canadense de etanol, tendo na Nova Economia Institucional o aporte teórico para efetuar esta avaliação, a qual permite identificar algumas semelhanças e divergências. Para tanto, são abordados os seguintes aspectos pertinentes a cada país: informações primárias dos mercados (complexo industrial, produção, consumo, matéria-prima, processo produtivo, frota automotiva, dentre outros aspectos), estrutura de governança (hierárquica, híbrida ou mercado) adotada pelas usinas na regência do elo de suprimento agrícola, e ambiente institucional em que as indústrias, brasileira e canadense, de etanol estão inseridas (políticas de promoção, proteção e regulação do mercado de etanol). Com relação à primeira vertente observada, nota-se que o Brasil possui um mercado de etanol muito mais consolidado em relação ao canadense, ainda que este último demonstre potencial de crescimento. Além disso, o etanol produzido pela indústria nacional apresenta expressiva vantagem competitiva em termos de rendimento agrícola/industrial e ambiental. No que diz respeito ao ambiente institucional, destaca-se a forte intervenção do governo canadense na conduta da indústria doméstica de etanol, de forma a contrastar com a atual posição do Estado nacional, já que este pouco tem atuado na arena decisória do setor sucroenergético brasileiro. Quanto à última questão avaliada, a estrutura de governança, para o mercado brasileiro foi identificado o regime hierárquico (integração vertical cana própria) como predominante, enquanto no Canadá a estrutura mais frequente é a híbrida (estabelecimentos de contratos de compra e venda junto aos fornecedores de matéria-prima agrícola). Divergência explicada, em grande parte, pela elevada especificidade da cana-de-açúcar frente ao milho e trigo.