Produção de proteína fúngica em raiz e folha de mandioca (Manihot esculenta Crantz)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1978
Autor(a) principal: Silva, Maria Angela Amazonas Almeida da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11138/tde-20240301-153601/
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo investigar a utilização de folhas de mandioca, como fonte de nitrogênio, por microrganismos; estabelecer algumas condições ótimas para tal fim; e determinar o efeito do processo sobre o perfil de aminoácidos. Os resultados mostraram que folhas de mandioca podem ser utilizadas como fonte de nitrogênio para microrganismos. Dos três testados (Aspergillus niger IZ-9 , Aspergillus wentii IZ-1625 e Fusarium sp.) o Fusarium sp. foi o que mais biomassa produziu em um dos ensaios, porém mostrou-se ser instável, não tendo apresentado nenhum crescimento num ensaio posterior, sendo, por este motivo, descartado. Entre o Aspergillus niger IZ-9 e o Aspergillus wentii IZ-1625 o primeiro se comportou melhor em todos os ensaios tendo sido, então, o microrganismo escolhido. Para este fungo, dois métodos de desidratação da folha (em estufa a 45°C e por liofilização) foram testados, tendo o processo de desidratação em estufa apresentado resultados superiores. Utilizando este processo foi determinado que um desenvolvimento do microrganismo é alcançado em pH 3 em meio de folha e raiz de mandioca, nas concentrações suficientes para fornecerem 0,12 gramas nitrogênio por cento e 1 ,5 gramas de carboidrato por cento, tendo a produção de biomassa alcançado o máximo a partir de 84 horas e de proteína bruta a partir de 60 horas, quando inóculos de 5 mm de diâmetro de culturas de 4 dias de idade foram usados para 50 ml de meio. Em relação ao perfil de aminoácidos essenciais a desidratação da folha de mandioca em estufa a 45°C reduziu sensivelmente o teor de treonina quando comparada com a liofilização. Apesar disto, ofereceu melhores condições de crescimento ao Asperginus niger IZ-9 tendo resultado num aumento de quase 100% no teor de alguns aminoácidos essenciais como a própria treonina que atingiu níveis equivalentes ao da folha liofilizada e a metionina que alcançou nível superior ao desta folha.