Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Ana Lucia de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-17052019-102051/
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Resumo: |
Retratos de uma Casa de Candomblé na cidade de São Paulo, traz uma pesquisa que trabalha com a etnografia como forma de aferir o cotidiano de um Ilê (Casa de Candomblé) urbano, que sobrevive em São Paulo desde 1988, em uma região de classe média, cercado de edifícios, preconceitos e intolerância religiosa. Muitos registros fotográficos foram realizados e parcela deles compõe a iconografia da pesquisa, essas imagens expressam a forma de ver e de viver do povo do santo na cidade, mas que possui ligações com as casas ancestrais no Recôncavo Baiano e em Salvador, além de fazer parte de uma Família de Santo que se ramifica através de outros Ilês. A pesquisa procurou ter um olhar voltado para os Filhos de Santo e buscou escutar o que os Iyawôs , Abians, Ebomis, dirigentes do Ilê, dirigentes de casas ancestrais e pessoas públicas, tinham a falar sobre as relações vividas e como essas vivencias afetavam suas vidas, como era a construção dessa Família de Santo e como solidificavam as relações de parentesco dentro do Ilê, partindo da observação participante e das imagens fotográficas, o processo segue realizando entrevistas que foram fundamentais para o entendimento desse sentimento que é ser do santo, ser uma pessoa iniciada ou prestes a passar pelos ritos de iniciação, tudo isso comparado com uma vasta bibliografia sobre o assunto, o texto que compõe essa dissertação foi construído. Foram entrevistadas 25 pessoas em um universo de 55 adeptos e partindo do questionamento de como o Candomblé entrou na vida deles e delas, cada um contou sua história para formar um mosaico de diversidade. As vivências, a forma de ensinar e aprender, os sentimentos antes de se iniciarem os ritos e a intolerância religiosa, foram preocupações observadas e retratadas no trabalho de campo. A pesquisa teve a oportunidade de acompanhar o processo de iniciação de duas Iyawôs desde o momento que elas se preparavam para os ritos de iniciação(2016) até o ano de 2018, onde passaram pelos primeiros rituais e na hora que estavam se recolhendo, na saída de santo, no final do preceito e um ano após realizarem a iniciação foram entrevistadas, pois a ideia era expressar o sentimento vivido naqueles momentos. Os trânsitos territoriais e religiosos foram detectados, e um fator recorrente na vida da maioria dos entrevistados foram suas vivencias na Umbanda. Outra questão interessante que a pesquisa aferiu foi a introdução das crianças no ambiente e nos ritos do Candomblé e por último a questão da intolerância religiosa que aparece como uma constante na vida das pessoas e na Casa de Candomblé. |