Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Lira, Jumes Leopoldino Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-09042025-102551/
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Resumo: |
Introdução: O exercício aeróbico (EA) em intensidade moderada pode melhorar a automaticidade do andar (e.g., diminuir a variabilidade do tempo do passo) e reduzir a atividade do córtex pré-frontal (CPF) (e.g., menor delta de HbO2 durante o andar em tarefa única e dupla) em indivíduos com a doença de Parkinson (DP). No entanto, seus efeitos sobre funções executivas parecem limitados. Portanto, tem sido sugerido que a adição de tarefas cognitivas ao EA (EA+COG) pode potencializar os efeitos sobre a automaticidade do andar, a atividade do CPF e sobre as funções executivas de indivíduos com a DP. No entanto, essas hipóteses precisavam passar pelo escrutínio da testagem empírica. Método: os participantes realizaram 4 visitas (V1-V4) ao laboratório. O intervalo entre cada visita foi de uma semana. Na V1, foram aplicadas anamnese, MoCA, MDS-UPDRS-III e teste de esforço. Nas V2-V4, avaliamos a atividade do CPF (delta das concentrações de HbO2 e HHb) e o desempenho executivo (flexibilidade mental- teste de trilhas parte A e B; controle inibitório- teste stroop parte retângulos, cores e palavras; e memória de trabalho- teste dígitos ordem direta e indireta) além da automaticidade do andar (variabilidade do tempo do passo) (ZenoWalkway) antes e após as intervenções experimentais. Os participantes foram randomizados em blocos estratificados pelos estágios II e III da DP e alocados nas condições EA (n=20), COG (n=20) e EA+COG (n=20). Cada sessão de experimental durou 30 minutos. Os exercícios foram realizados no domínio moderado de intensidade (i.e., percepção subjetiva de esforço [PSE] 12-14). Resultados: Não encontramos diferenças significantes entre EA, COG e EA+COG na automaticidade do andar (P<0,13) e na atividade do CPF (P<0,67). Após as intervenções observamos melhora em parte da flexibilidade mental (teste de trilhas parte A; P<0,03) e do controle inibitório (teste stroop parte retângulos; P<0,03), do tempo pré para o pós intervenção, sem alterações na memória de trabalho. Conclusão: Embora nós não encontramos diferenças significantes entre EA, COG e EA+COG na automaticidade do andar e na atividade do CPF, todas as intervenções melhoraram parte da flexibilidade mental e do controle inibitório dos indivíduos com a DP, sugerindo uma melhora do controle executivo. Estes achados demonstram o potencial do exercício físico e cognitivo como uma estratégia para mitigar os déficits executivos em indivíduos com doença de Parkinson. No entanto, estudos futuros com amostras maiores e intervenções mais longas são essenciais para determinar os benefícios especificamente na recuperação da automaticidade do andar e na redução da sobrecarga cortical durante o andar |