Impacto do aleitamento materno exclusivo no sobrepeso e obesidade em filhos de mães com excesso de peso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Marques, Gabriela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-18082020-225340/
Resumo: As taxas de sobrepeso e obesidade vêm crescendo em todo mundo. A amamentação diminui o risco de desenvolvimento de excesso de peso na infância e adolescência; entretanto, a obesidade materna é associada com um menor tempo de aleitamento materno, intenção de amamentação por períodos mais curtos, menor propensão em seu início e desmame precoce. O principal objetivo deste estudo foi de verificar o risco para o desenvolvimento de excesso de peso em filhos de mães com sobrepeso e obesidade entre o primeiro e terceiro ano de vida segundo a duração do aleitamento materno exclusivo (AME). O presente estudo está inserido numa coorte de nascimentos, composto de três etapas de avaliação: pré-natal (20ª a 25ª semanas de gestação), nascimento e seguimento (entre o primeiro e terceiro ano de vida). Finalizaram as três etapas do estudo, 1.069 pares mães-filhos. Obteve-se informações sobre características socioeconômicas, dados antropométricos das mães e dos lactentes, tipo de parto, peso ao nascer, tempo de exposição a outros alimentos que não o leite materno e duração do AME. 58,1% das mães e 7,5% dos lactentes apresentaram excesso de peso no seguimento. A média na duração do AME foi de 3,7 meses e a mediana, em 4,0 meses (DP=2,25). Entre os filhos de mães com excesso de peso, não se observaram diferenças entre o RR das variáveis selecionadas para o excesso de peso entre os lactentes que estiveram em AME por um período mais prolongado (≥4,0 meses) quando comparados aos que foram amamentados por menor tempo. Na análise global, sem o ajuste para o excesso de peso materno, mães com sobrepeso e obesidade apresentaram risco relativo (RR) de 1,54 (IC95%:1,22-1,94) de terem filhos com excesso de peso; após ajuste do IMC materno e demais variáveis não se observaram diferenças entre o RR para o excesso de peso entre lactentes que estiveram em AME≥4,0 meses e naquelas que estiveram por um período inferior. Neste estudo, não foram observadas diferenças entre o risco de desenvolvimento de excesso de peso em filhos de mães com sobrepeso e obesidade segundo a duração do AME.