Análise comparativa clínica e de morfometria cortical em crianças com paralisia cerebral espástica submetidas ao melhor tratamento clínico versus rizotomia dorsal seletiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Monaco, Bernardo Assumpção de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-17102023-171842/
Resumo: Introdução: O tratamento da espasticidade em crianças com paralisia cerebral (PC) está associado a melhoras funcionais e de qualidade de vida. Crianças submetidas à rizotomia dorsal seletiva (RDS) apresentam importante ganho funcional após o procedimento, não apenas quanto à espasticidade dos membros inferiores, mas também, quanto a outros ganhos, como a marcha, o equilíbrio, a coordenação motora, a deglutição, a atenção, a fala, entre outros. Objetivo Primário: Estudo de coorte observacional retrospectivo para comparar a morfometria cerebral (volume e espessura cortical) de crianças com PC espástica submetidas ao melhor tratamento clínico disponível (grupo PC), com crianças com o mesmo diagnóstico submetidas à RDS (grupo RDS) e grupo CONTROLE constituído de crianças sem PC. Como objetivo secundário, foram comparadas as avaliações das crianças dos grupos PC e RDS com a Escala de Ashworth Modificada (EAM), a Escala de Espasmos de Penn e o Sistema de Classificação de Função Motora Grossa (GMFCS) e o fardo do cuidador dos grupos utilizando o questionário Burden Interview. Método: Foram analisadas morfometrias encefálicas de 3 crianças do grupo RDS, 4 do grupo PC e 12 do grupo CONTROLE. As morfometrias de espessura e volume corticais do grupo PC foram significativamente menores em relação ao grupo CONTROLE, incluindo regiões como córtex pré-central bilateral, giro do cíngulo entre outros. Não houve diferença significativa entre o grupo RDS e o demais grupos. Os dados clínicos analisados incluíram 78 crianças do grupo PC e 99 do grupo RDS. Houve melhora significativa da espasticidade dos membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII) das crianças submetidas à RDS (p <0,001). Houve discreta piora da espasticidade dos MMII nas crianças do grupo PC (p = 0,002), mas não em relação aos MMSS. Houve diminuição do GMFCS no grupo RDS (p<0,001), mas não no grupo PC. Não houve diferença entre grupos quanto à ocorrência dos espasmos ou à sobrecarga dos cuidadores. As crianças com PC espástica submetidas ao melhor tratamento clínico apresentaram menores valores nas morfometrias encefálicas quando comparadas às do grupo CONTROLE, mas o mesmo não ocorreu nas crianças submetidas à RDS. Houve uma melhora na espasticidade de MMSS e MMII das crianças do grupo RDS, enquanto as do grupo PC apresentaram piora em MMII durante o seguimento