Os limites insondáveis entre o humano e o animal. Uma leitura de contos fantásticos hispano-americanos de pós-guerra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Francini, Ana Carolina Macena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-08052015-130409/
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo detalhado de alguns relatos publicados na América Latina durante o pós-guerra, período em que as concepções dominantes sobre o humano entram em crise e nota-se um inegável interesse em problematizar os conceitos sobre humanidade e animalidade, por meio da ficção. A análise desses contos, considerados pertencentes ao modo fantástico da literatura, indaga sobre como o sentimento perturbador que caracteriza esse estilo pode surgir a partir da peculiar relação que se estabelece entre o humano e o animal, e mais especificamente, da transgressão das fronteiras que separam esses dois universos, que sob uma perspectiva logocêntrica moderna - parecem tão distanciados: a cultura e a natureza. Os relatos escolhidos pertencem aos seguintes livros: Bestiario (1951) de Julio Cortázar, Confabulario (1952) de Juan José Arreola, Mundo Animal (1953) e Cuentos Claros (1957), de Antonio Di Benedetto, e dois contos de Felisberto Hernández, \"Cocodrilo\" (1949) e \"La mujer parecida a mí\" (1949). Ainda que não faça parte do corpus, é importante mencionar El libro de los Seres Imaginarios (1967), de Jorge Luis Borges, por sua importância na investigação do tema.