Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Liege Cristina Garcia da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-05102012-161738/
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Resumo: |
Em Medicina Veterinária, o uso do surfactante como conduta assistencial em neonatos pré-termos ainda é um desafio. Destarte, foram objetivos deste estudo: avaliar a terapia com surfactante porcino intra-traqueal, correlacionando-a com a evolução de neonatos ovinos prematuros. Para tal, gruparam-se os neonatos nos grupos Ventilação (VEN; n = 5), Surfactante-1aplicação (SURF1; n = 5), Surfactante-2 aplicações (SURF2; n = 6) e Surfactante-3 aplicações (SURF3, n = 6). Ao nascimento todos os neonatos foram intubados e ventilados com balão auto-inflável durante 2 horas. Para os grupos SURF 1, 2 e 3, instilou-se pela via traqueal 100 mg/kg PV de surfactante porcino e colheu-se amostras nos seguintes momentos: exame clínico pelo escore Apgar, temperatura retal e oximetria de pulso aos minutos 0, 5, a cada 10 minutos até 1,5h, 2, 4, 6 e 24h, radiografia torácica às 0 e 24 h, hemogasometria arterial, concentração sérica de enzimas antioxidantes (catalase-CAT, superóxido dismutase-SOD e glutationa peroxidase-GPx) e marcador do estresse oxidativo (TBARS); glicemia, lactatemia, uréia e creatinina séricas às 0, 2, 4, 6 e 24 h. Para a avaliação histopatológica pulmonar, incluiu-se o grupo CON (n = 3), formado por animais da mesma idade gestacional, não ventilados e sem acesso ao surfactante. No líquido amniótico, colhido intra-parto, foi avaliada a concentração de TBARS, SOD e GPx. Como resultados, houve maior sobrevida para o grupo VEN, em relação aos SURF1 e 3. Neonatos VEN apresentaram melhor evolução clínica, com notas Apgar, frequência cardíaca (FC), padrão respiratório (PR) e oximetria de pulso superiores aos demais. Todos os grupos apresentaram uremia e hiperlactatemia no primeiro dia de vida, com valores de lactato sérico significativamente superiores para SURF1. Na avaliação hemogasométrica, houve acidose para o grupo SURF1, hipoxemia e hipercapnia para todos os grupos, com valores de pO2 significativamente inferiores para SURF1, em relação ao VEN. Na avaliação do LA, não houve diferença entre os valores de TBARS, SOD e GPx entre os grupos. Todavia, na avaliação sanguínea, SOD e CAT correlacionaram-se com oximetria de pulso e GPx com lactato sérico. A avaliação histopatológica pulmonar evidenciou edema, congestão, atelectasia para todos os grupos, presença de monócitos mais evidente nos grupos SURF2 e 3 em relação ao VEN e CON; maior aporte de neutrófilos para o grupo SURF3 em relação ao VEN e CON e espessamento de parede mais evidente em VEN, SURF2 e 3, em comparação ao CON. Em conclusão, a terapia com surfactante intra-traqueal associada à ventilação manual acarretou menor vitalidade clínica e desempenho respiratório em cordeiros prematuros; foi determinado o perfil oxidativo no LA de fetos aos 135 dias de gestação, bem como, o grau de estresse oxidativo neonatal; a ventilação manual com balão auto-inflável, associada ou não à terapia com surfactante intra-traqueal, induziu alterações estruturais e inflamatórias no parênquima pulmonar neonatal; e, por fim, o protocolo terapêutico proposto a ovinos prematuros, com o desígnio de manter a adequada função respiratória e asseverar a sobrevivência neonatal mostrou-se pouco satisfatório em virtude da elevada mortalidade neonatal. |