Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Faulin, Edson José Bernardi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-04112021-202631/
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Resumo: |
Objetivo. Mudanças no estilo de vida, na alimentação e no quadro epidemiológico nacional favoreceram no final do século XX grande aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis com conseqüências na saúde pública. As teorias das transições epidemiológica e nutricional são paradigmas usados na explicação destas transformações. Presume-se que as diferentes formas de inserção social dos grupamentos presentes na população estejam em etapas diferenciadas da transição nutricional, embora tenham realizado a transição epidemiológica. O presente trabalho objetiva encontrar grupos de pessoas, agrupados por padrões de consumo alimentar específicos, e descrevê-los segundo suas características sociais, econômicas, comportamentais e nutricionais. Métodos. Trata-se de um estudo transversal populacional com amostra aleatória de adultos, com 20 anos ou mais, moradores em Santo Antônio do Pinhal. Em entrevistas domiciliares, foram coletados dados sócioeconômicos, demográficos, de hábitos comportamentais, antropométricos e de consumo alimentar. Para investigar padrões alimentares foi utilizado um questionário de freqüência alimentar ajustado à população. Nas análises de associação simples utilizou-se teste qui-quadrado para as variáveis categóricas e para as contínuas o teste de diferença de médias com intervalo de confiança de 95%. Para identificar os padrões alimentares e agrupar os indivíduos segundo esses padrões, foi utilizado o método de análise fatorial por componentes principais com extração de componentes por rotação de eixo com máxima variação e o método de agrupação por clusters. Resultados. Foram encontrados três padrões de dietas, distribuídos em quatro clusters da população amostrada: dieta \"pobre\" (arroz, feijão e café como alimentos principais) dieta \"variada\" (carne, vegetais, frutas, doces, e grande variabilidade de alimentos) e dieta \"gordurosa\" (carne vermelha, gordura de porco, ovos, bebidas alcoólica). A dieta \"pobre\" predominante na zona rural e entre as pessoas de baixa renda e baixa escolaridade; o grupo de pessoas que consumiam predominantemente dieta \"variada\" demonstrou-se ser, na maioria, de moradores urbanos de melhor e escolaridade e mais idosas; o grupo predominantemente consumidor da dieta \"gordurosa\" revelou-se ser de maioria urbana, consumida por setores mais jovens, com boa renda e escolaridade. Foi alta a prevalência de excesso de peso e da obesidade centralizada nas mulheres comparada aos homens, no entanto sem diferenciais significativos entre os grupamentos segundo padrão de consumo. Em relação ao estado nutricional e os grupamentos segundo padrão de consumo, apenas entre os homens a obesidade abdominal se mostrou diferenciada. Foi encontrado diferenciais estatisticamente significativa entre os agrupamentos de pessoas segundo padrões alimentares, para as variáveis etilismo e tabagismo, quando controlando-se o gênero. Conclusão. Os padrões de consumo alimentar encontrados foram satisfatórios para agrupar pessoas, e estes agrupamentos se revelaram diferenciados principalmente segundo características sócio-econômicas. |