Captura de CO2 em produtos cimentícios: o efeito do teor de fíler.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pessutto, Daniele de Lima Thomaz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CO2
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-21012021-113120/
Resumo: O crescimento da população aumenta a demanda por edifícios e infraestrutura na cidade e no campo. O cimento é um material essencial nestas construções. No seu processo de fabricação, emite CO2 devido à oxidação do combustível e a descarbonatação do calcário. A indústria cimenteira emite de 5 a 8% do CO2 antropogênico. Para mitigar estas emissões a indústria prevê investir em sequestro e captura de carbono, no uso de energia renovável e na substituição do clínquer por outras matérias suplementares. Por outro lado, os materiais cimentícios capturam CO2 durante a fase de uso dos edifícios, através da carbonatação. Atualmente há um crescimento dos estudos relacionados a este assunto, porém o efeito do fíler na captura de CO2 é amplamente ignorado. Este trabalho objetiva quantificar o CO2 capturado ao longo do tempo por argamassas de cimento com diferentes teores de fíler, contribuindo na estimativa do potencial de captura de CO2 de materiais cimentícios, considerando o efeito do fíler. A profundidade de carbonatação foi medida pela técnica de análise de imagens através do software de código aberto ImageJ e captura de CO2 pela relação entre análise de química por fluorescência de raio x e a perda massa dos voláteis por termogravimetria. Comparando dois métodos de medição de carbonatação, foi observado que o método para cálculo da fração de CaO carbonatado e para identificação da profundidade de carbonatação apresentam relação direta, com R2 de 93%. A profundidade de carbonatação, a captura de CO2 e a cinética de carbonatação aumentaram proporcionalmente com o teor de fíler e a porosidade. Portanto, foi possível estimar a captura de CO2 pelos métodos mencionados e concluir que o fíler pode ajudar na aceleração de captura de CO2 em estruturas de concretos em uso.