Educação superior, emprego e renda: uma relação problemática. RMSP. 2002-2009

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Peres, Thais Helena de Alcântara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PME
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-27092010-160051/
Resumo: Este estudo investigou a relação entre educação e renda a fim de entender os limites da educação superior como promotora do bem-estar individual e social. Pretende, assim, contribuir para a análise dos impactos, no curto prazo, da educação superior sobre o mercado de trabalho e sobre a renda dos trabalhadores em seu conjunto. A escolha do recorte de tempo, 2002-2009, é particular porque é o momento no qual as dinâmicas de três processos sociais, aparentemente sem muita sinergia entre eles, começam a se encontrar. Os processos são: (i) a expansão do acesso ao ensino superior, particularmente do setor privado; (ii) a reestruturação do mercado de trabalho na RMSP Região Metropolitana de São Paulo; e (iii) o crescimento da PIA População em Idade Ativa. A questão que se colocou foi entender quais arranjos sociais seriam feitos para dar conta da maior entrada de pessoas mais jovens e mais escolarizadas num mercado de trabalho que redefinia a sua estrutura de oportunidades. Foram utilizados os bancos de dados da PME Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE para as análises cross section dos mesmos pares de indivíduos em dois momentos, 2002-2003 e 2008- 2009, fornecendo elementos descritivos para a compreensão da relação em foco. Modelos probabilísticos Logit e OLogit foram modelados para a mensuração dos impactos, entre 2002 e 2009, da escolaridade sobre a ocupação (emprego ou desemprego); da escolaridade sobre a qualidade da ocupação (mercado formal ou mercado informal); e os impactos na renda recebida pelos indivíduos segundo as características de escolaridade, idade, gênero, cor, condição na família e inserção no mercado de trabalho. Entre outras conclusões, os resultados desta investigação reafirmam as possibilidades muito maiores do trabalhador com ensino superior de estar nos estratos superiores de renda, mas destacam que ele perdeu importância para fins de empregabilidade no período analisado, ao contrário do trabalhador com ensino médio cuja importância aumenta para fins de empregabilidade.