Avaliação da qualidade do ar interno, do conforto térmico e do conforto lumínico em espaços corporativos e seus impactos no absenteísmo e presenteísmo dos ocupantes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Straub, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3153/tde-20072023-102159/
Resumo: A qualidade ambiental interna visa trazer melhorias aos espaços internos para que estes promovam a qualidade de vida, saúde e bem-estar dos ocupantes de escritórios e outras tipologias de edificações. O presente trabalho teve por objetivo verificar a qualidade do ar interno, com ênfase no CO2 e particulados, conforto térmico e lumínico em um escritório corporativo e associá-lo ao absenteísmo e presenteísmo de seus ocupantes. Através da Avaliação Pós-Ocupação (APO), foram realizadas visitas guiadas, medições e pesquisas com os ocupantes do estudo de caso para constatar se o ambiente interno estava adequado às normas e legislações vigentes e pertinentes. Pensando no aprofundamento deste estudo, a pesquisa foi realizada em dois períodos, sendo dois dias no inverno e dois no verão. Os resultados mostraram que o espaço excedia as concentrações de CO2 em determinados momentos, o que pode estar relacionado com os sintomas de cansaço, dores de cabeça e sonolência dos ocupantes. Em relação aos particulados, apesar dos ocupantes relatarem alergias respiratórias, o ambiente se mostrou com concentrações abaixo do limite das normas e legislações. Sobre o conforto térmico, as medições coincidiram com a resposta dos ocupantes, onde a insatisfação calculada se mostrou maior no verão (PPD = 37%) do que no inverno (PPD = 7%. Os parâmetros de conforto térmico se mostraram similares nas medições realizadas tanto no inverno quanto no verão, com exceção das vestimentas das pessoas, onde no inverno foi obtido uma média de 0,79clo contra 0,42clo no verão. Em relação ao desconforto térmico localizado, apenas a velocidade do ar se mostrou acima do recomendado em algumas estações de trabalho, o que também foi identificado nas respostas do questionário. Referente ao conforto lumínico, a iluminação natural e artificial medidas se mostraram conforme em relação às normas técnicas apesar de algumas mesas de trabalho, três no inverno e duas no verão, demonstrarem iluminância um pouco abaixo dos 500lux requeridos para o tipo de atividade exercida no escritório. Além disso, apesar dos respondentes da pesquisa apontarem sentir-se sonolentos (27% - inverno; 23% - verão) durante as horas de trabalho, a iluminação circadiana ficou acima dos 150 EML recomendados em todas as estações de trabalho. Já o absenteísmo por motivos de saúde calculado foi de 2,34% no inverno e 1,06% no verão. O presenteísmo calculado ficou em 2,20% no inverno e no verão 1,02%, com a ressalva de que o presenteísmo calculado no inverno foi geral, incluindo outros fatores que não somente o desconforto no ambiente e motivos de saúde. Ao final desta pesquisa foi feita uma proposição de melhorias para que o espaço possa aprimorar a qualidade ambiental interna no que tange à qualidade do ar (CO2 e particulados), conforto térmico e lumínico. Algumas das propostas sugeridas foram a instalação de sensores de CO2, aumento da renovação de ar do escritório, permitir maior controle da temperatura e iluminação pelos ocupantes, implementar um plano de operacionalização do setpoint do sistema de ar condicionado e aplicação semestral de questionários de satisfação. Desta forma, é possível concluir que o objeto deste estudo atende às normas e legislações vigentes quanto à qualidade do ar interno, conforto térmico e lumínico com dois pontos de atenção que seriam as concentrações de CO2 e a velocidade do ar interno em algumas estações de trabalho.