Exportação concluída — 

Avaliação longitudinal de anticorpos anti-infliximabe e concentração sérica de infliximabe em pacientes com espondiloartrite axial radiográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pimentel, Clarissa de Queiroz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-26022025-125516/
Resumo: Introdução. Os inibidores do fator de necrose tumoral alfa (anti-TNFs) foram um dos grandes avanços no tratamento de pacientes com espondiloartrite axial radiográfica (EpAax-r). Entretanto, alguns destes pacientes não respondem ao tratamento ou desenvolvem reações adversas com necessidade de interromper a medicação. Entre os mecanismos responsáveis por isso está a formação de anticorpos antidroga (ADA). Objetivos. Avaliar de forma longitudinal a cinética de formação dos anticorpos anti-infliximabe (anti-IFX)e a sua influência na falha terapêutica, reação infusional, na sobrevida da droga, no espaçamento do infliximabe (IFX)e no tratamento subsequente com um segundo anti-TNF. Métodos. Uma coorte prospectiva de 60 pacientes com EpAax-r em uso de IFX foi avaliada retrospectivamente quanto a dados clínicos/laboratoriais, níveis de IFX e anti-IFX, no início do tratamento, após 6, 12-14, 22-24, 48-54, 96-102 semanase antes do espaçamento ou troca. Resultados. Anti-IFX foram detectados em 27 (45%) pacientes, dos quais 23 (85,1%) se tornaram positivos no primeiro ano de tratamento com IFX. Em comparação com o grupo anti-IFX negativo, os pacientes com anti-IFX demonstraramo seguinte: menos usode metotrexato (MTX) como tratamento associado ao IFX (5 [18,5%] vs. 14 [42,4%]; p=0,048); mais reações infusionais nas semanas 22-24 (p=0,020)e 48-54 (p=0,034); mais falha terapêutica ao IFX (p=0,028) na semana 48-54; menor sobrevida geral do IFX (p<0,001);e menor resposta sustentada ao IFX (p=0,044). Vale ressaltar que os pacientes do grupo anti-IFX positivo apresentaram uma menor sobrevida do espaçamento (9,9 meses [IC 95% 4,0-15,8] vs. 63,4 meses [IC 95% 27,9-98,8]; p=0,004) em comparação com os pacientes do grupo anti-IFX negativo. Por outro lado, considerando os pacientes que falharam ao IFX, o grupo anti-IFX positivo teve uma melhor resposta clínica ao segundo anti-TNF aos3 (15 [83,3%] vs.3 [27,3%]; p=0,005)e 6 meses da troca (15 [83,3%] vs. 4 [36,4%]; p=0,017) do que os pacientes do grupo anti-IFX negativo Conclusões. Este estudo forneceu novos dados da associação dos anticorpos anti-IFX com redução da sobrevida do espaçamento, reforçando a importância da sua avaliação para orientar a decisão clínica. Além disso, confirmamos em uma coorte de longo prazo a associação dos mesmos com um pior desempenho do IFXe como preditor de boa resposta clínica ao 2º anti-TNF