Efeitos do ácido giberélico nas características dos cachos e das bagas em uva cultivar Maria (IAC 514-6)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Pires, Erasmo Jose Paioli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20191108-100200/
Resumo: A frutificação natural de videiras apirenas origina cachos e bagas de dimensões reduzidas. Neste trabalho estudou-se a influência de doses, épocas e número de aplicações do ácido giberélico (GA3) sobre as características morfo1ógicas dos cachos da videira apirena 'Maria' (IAC 514-6) com o objetivo de aumentar o tamanho e o peso dos cachos e das bagas. O ácido giberélico foi aplicado nas doses de 200, 400 e 800ppm, em aplicação única nos estádios de pre-florescimento, florescimento e duas semanas apos o florescimento e em duas aplicações das doses citadas, sendo a primeira efetuada no estádio de pré ou de floração e a segunda repetida duas semanas após a floração. A aplicação foi feita pela imersão dos cachos em soluções de ácido giberélico. Foi incluída uma testemunha sem tratamento. O delineamento experimental empregado, foi o de blocos casualisados, com dezesseis tratamentos, repetidos quatro vezes, sendo cada parcela constituída de três cachos. Aplicação única de ácido giberélico em pleno florescimento, independentemente das doses empregadas, não afetou o peso dos cachos e dos engaços e o comprimento e a largura dos engaços. Nas concentrações utilizadas aumentou o numero total de bagas normais e a quantidade de bagas "chumbinho" por cacho sendo estes efeitos mais acentuados nas doses de 200 e 400ppm. Foram alterados o comprimento e a relação comprimento/largura das bagas, sendo a dose de 400ppm a responsável pela maior modificação da morfologia da baga, tornando-a mais alongada. Aplicação única de ácido giberélico14 dias após a plena floração, promoveu excepcionais aumentos nos pesos do cacho e das bagas e no comprimento das bagas, proporcionais às doses. Nesta época independentemente da dose, foi, aumentado o numero de bagas por cacho sem contudo induzir o aumento do numero de bagas "chumbinho". A morfologia das bagas foi alterada tornando-as ovóides. Neste caso, por não aumentar devidamente o tamanho do engaço, há necessidade de desbaste manual de frutos para tornar o cacho menos compacto, promovendo melhor distribuição das bagas na ráquis. Com a aplicação dupla de ácido giberélico, antes e 14 dias apos a floração, a variação dos parâmetros analisados deu-se de modo semelhante ã aplicação de GA3 por uma única vez em condições de pôs- floração; isto ocorreu, porque ap1icações anteriores ao florescimento, não induziram alterações morfológicas nos cachos e nas bagas. Com a aplicação dupla de GA3, na floração e 14 dias após, houve decréscimo proporcional às doses aplicadas no peso dos cachos e dos engaços, no número de bagas normais e "chumbinho" por cacho, e acréscimo, também proporcional às doses no comprimento e na relação comprimento/largura das bagas. Em vista desses resultados concluiu-se ser de real valor a aplicação de GA3 nas doses de 400 ou 800ppm, 14 dias apos a floração, no cultivar Maria. A aplicação de ácido giberélico neste estádio de desenvolvimento promoveu grande aumento no peso dos cachos e das bagas, sem aumentar excessivamente o número de bagas "chumbinho" por cacho, e melhorou a morfologia da baga, proporcionando cachos com características adequadas para o mercado consumidor.