Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Deus, Luiz Fabio Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-03072014-110006/
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Resumo: |
A decisão por revelar a orientação sexual, bem como em quais contextos fazê-lo, implica diretamente na trajetória de vida dos homossexuais. O objetivo deste estudo foi descrever a revelação da orientação sexual, segundo as características sociodemográficas, contextos e graus de revelação e episódios de discriminação e agressão entre 1217 homens de 18 a 77 anos, frequentadores de espaços de sociabilidade em dois distritos da capital paulista que aceitaram participar do estudo Sampacentro. Este estudo é um desdobramento de pesquisa maior cuja metodologia adotada foi à amostragem por tempo-espaço e os instrumentos de coleta foram: questionários de inclusão e estruturado com questões sociodemográficas, sociabilidade/práticas sexuais, atitudes e percepções sobre prevenção, estigma e discriminação. As variáveis foram descritas por frequências e proporções. Os testes de hipótese utilizados foram qui-quadrado de Pearson e Exato de Fischer para as diferenças entre as proporções e qui-quadrado de tendência para as variáveis ordinais. O nível de significância adotado foi 5 por cento . Predominou raça/cor de pele branca (59 por cento ), alta escolaridade, 43 por cento com graduação concluída; elevada proporção de atividade remunerada (90 por cento ); prevaleceu padrão socioeconômico B (57 por cento ); elevada proporção de não praticantes de religião (51 por cento ); 55 por cento solteiros e 82 por cento homossexuais. Foram estatisticamente significantes a revelação da orientação entre os jovens, os de raça/cor branca, os que estavam namorando e entre os homossexuais. 52 por cento dos participantes compartilharam a orientação sexual em todos os contextos sociais e em ordem crescente a distribuição da revelação entre os domínios da vida se deu nos contextos de amizade, dos serviços de saúde, familiar, trabalho e escolar. Em relação à experiência de discriminação observamos tendência crescente a maior exposição à medida que a orientação era compartilhada em número maior de contextos sociais. Para agressão também verificamos tendência crescente à medida que a orientação estava compartilhada em mais contextos sociais nos subitens: agressão física, verbal e ameaça de agressão, chantagem e constrangimento no trabalho. Concluímos que a revelação da orientação sexual é ainda um desafio na trajetória de homens homossexuais, acentuada por barreiras sociais, e que quanto mais contextos sociais compartilham a informação acerca da orientação sexual maior é a possibilidade da pessoa homossexual ser submetida a atos de discriminação e agressão. |