Corpo e reconhecimento: narrativas sobre experiencias em um grupo de dança

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cernea, Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-04082015-154233/
Resumo: Esta é uma pesquisa na Área da Psicologia Social e tem como principal tema a relação entre reconhecimento e o corpo na contemporaneidade. O movimento de dominação da natureza, considerado primordial para o progresso da humanidade, gerou uma relação do ser humano com seu corpo pautada no controle e na minimização de experiências sensoriais, onde este concebe o corpo cindido da mente, dando maior prioridade e importância às atividades mentais. Esse trabalho teve como objetivo saber como os integrantes da Oficina de Dança e Expressão Corporal relatam as suas experiências corporais obtidas a partir da participação no grupo. Buscamos saber em que grau a experiência de participação pode significar uma ação de luta por relações de reconhecimento recíproco. Para tanto, realizamos uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, na forma de uma observação participante, com realização de um diário de campo. Também fizemos também entrevistas semi-estruturadas com os participantes do grupo, onde utilizamos fotografias tiradas pela pesquisadora durante os ensaios e apresentações do grupo. O referencial da pesquisa foi a Teoria Crítica da Sociedade. A partir das entrevistas e da pesquisa participante, pudemos perceber que a participação no grupo estimula que cada participante desenvolva uma maior integração entre seus aspectos mentais e corporais, possibilitando um espaço para que possam entrar em contato com suas emoções e expressá-las através de movimentos corporais. Neste sentido, promove um processo de individuação, onde cada um pode vivenciar maneiras de ser e de interagir mais próprias e mais fundadas em sua própria experiência, escapando dos processos que homogeneízam os sujeitos atualmente. Pudemos concluir também que o trabalho do grupo pode ser considerado a busca por formas de reconhecimento em três âmbitos: luta por reconhecimento por amor, por direito e por solidariedade. A ação do grupo, tanto na busca de maior integração entre os aspectos mentais e corporais de seus participantes, quanto na luta por reconhecimento, enfrenta resistências decorrentes da relação institucional com o espaço que ocupa e decorrentes também da mediação da sociedade que repõe a dominação na forma da cisão entre corpo e razão