Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1986 |
Autor(a) principal: |
Janasi, Valdecir de Assis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-26092012-145409/
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Resumo: |
0 maciço de Piracaia aflora na parte N do Estado de São Paulo, ocupando área de 32 km2. É composto por uma suite de rochas em boa parte gnaissificadas e metamorfisadas, dominada por monzodioritos e monzonitos, mas com variações desde dioritos até álcali-quartzo sienitos e álcali granitos. A tendência composicional assim definida é semelhante à da série granitóide, \"alcalina\",(Lameyre & Bowden, 1982) . As rochas do maciço invadem a região de contato entre ortognaisses do Complexo Socorro e rochas supracrustais migmatizadas do Complexo Metamórfico Piracaia. São invadidas restritamente por veios granitóides; as relações de contato com corpos maiores de granitóides anatéticos vizinhos não são claras. A geração da foliação presente nas rochas do maciço é atribuída à fase de deformação \'F IND.n+2\'; dobras mega e mesoscópicas da fase \'F IND.n+3\' afetam essa foliação. Rochas monzodioríticas e monzoníticas formam a parte central do maciço, e são invadidas, nas bordas, pelos termos mais diferenciados, numa seqüência geral de colocação \"máfico-félsico\". A colocação dos facies tardios se processa sob um regime de esforços. As rochas ígneas preservadas no maciço têm como minerais principais plagioclásio, feldspato alcalino, biotita e augita. Fe-hiperstênio só aparece em alguns monzonitos, e quartzo, nas rochas mais diferenciadas. Como acessórios mais comuns, encontram-se apatita, magnetita e ilmenita. A cristalização dos feldspatos geralmente se inicia com o plagioclásio, mesmo em termos mais diferenciados, onde ele é mais sódico. Nas rochas monzodioríticas-monzonítìcas, após a coprecipitação de ambos os feldspatos, pode ser atingido um estágio de reabsorção do plagioclásio. Os máficos principais, e a sua seqüência de cristalização (biotita antes de augita, em especial nos monzodiorìtos) refletem a composição das rochas (principalmente, a riqueza em potássio), e o caráter pouco hidratado do sistema. A tendência, com a diferenciação, é de um aumento da razão Fe/ (Fe + Mg) em ambos os minerais, considerada compatível com a progressiva diminuição de f(H2O) e f(O2) no sistema. Em rochas monzodioríticas e monzoníticas, são comuns estruturas de segregação, como ocelos \"sieníticos\" e vênulas estictolíticas, em parte com migração posterior ao desenvolvimento de uma foliação. Os litotipos dos facies claros tardios do maciço são petrograficamente semelhantes às vênulas maiores, o se colocam, ao menos em parte, após o início dos processos de segregação. A geração inicial dos facies dioríticos a monzoníticos \"antigos\" parece devida cristalização fracionada , possivelmente governada pela extração de cristais em meio líquido. A gênese das estruturas posteriores de segregação (e dos facies \"tardios\") é admitida como resultado de processos de extração de líquidos residuais, ao que parece favorecidos pela deformação. A hipótese de que as segregações sejam reflexo de processos anatéticos pode justificar a distribuição dos elementos traços, e não pode ser descartada, mas parece menos viável, dada a similaridade da composição dos minerais aí presentes com a dos que cristalizaram nas rochas ígneas primárias do maciço, e as temperaturas relativamente elevadas requeridas para a fusão de protolitos de composição intermediária. As hipóteses genéticas foram testadas, de um modo semi-quantitativo, por modelagens geoquímicas. A extração de fases de cristalização precoce (plagioclásio, biotita e augita) responde de modo satisfatório pelas tendências químicas principais do maciço. Nos modelos de cristalização fracionada, o plagioclásio responde por mais de 50% da fase sólida extraída, e tem sua participação aumentada nos estágios tardios de diferenciação, onde o clinopiroxênio é fracionado em proporção menor; a biotita é geralmente o mineral máfico mais importante no fracionamento. 0 metamorfismo inicial no rnaciço é considerado \"sin-plutônico\", e contemporâneo à geração de segregações. Provoca reequilíbrios químicos , como adaptação a temperaturas menores (porém ainda elevadas) e fugacidades de H2O maiores . A contínua diminuição de T e o aporte de mais água provoca uma sucessão de peragêneses de grau metarnórfico mais baixo nas rochas do maciço, com a instabilizaçáo dos piroxênios e geração de hornblendas, que posteriormente dão lugar a paragêneses com biotita esverdeada e epidoto. 0 metamorfismo de grau mais baixo afeta as rochas de 75% do maciço, que paralelamente são as que têm aspecto gnáissico mais marcante. A distribuição espacial das rochas afetadas pelo meta morfismo indica que o aporte de fluidos foi facilitado na zona de borda do maciço, em especial a leste. Uma isócrona Rb-Sr em rocha total de 582±13 ma foi obtida em rochas metamorfisadas dos facies tardios do maciço, e é interpretada como a idade de rehomogeneização isotópica do sistema, que acompanha a recristalízação das rochas, contemporânea à fase de deformação \'F IND.n+ 2\'. |