Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Radaelli, Juliana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-30072012-152215/
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Resumo: |
Este trabalho tem como base os aportes da teoria psicanalítica, mais precisamente, a idéia de nonsense situada nos três registros desenvolvidos por Lacan: o imaginário, o simbólico e o real. Para isso, procede uma articulação entre a Psicanálise e a Arte, destacando a literatura de Lewis Carroll em seus dois livros: As aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do espelho. A obra de Carroll foi endereçada às meninas, e sua relação com elas foi objeto de estudo de muitos pesquisadores, os quais buscaram destacar um possível desvio de seu comportamento sexual. Sem nos pautar em qualquer patologia, percorremos a relação de amor transferencial como sendo a condição para o surgimento da obra. Carroll, em sua escrita, evidencia uma série de verdades sólidas, embora não evidentes, como bem aponta Lacan. A verdade, na obra de Carroll, é da ordem do nonsense, pois se refere ao Real. Desse modo, Lacan avança sobre uma tendência da Psicanálise que buscava encontrar uma verdade por trás dos sintomas e de outras formações do inconsciente. Essa tendência vinha transformando a Psicanálise em um psicologismo analítico. A verdade apontada por Lacan se apresenta como um fundo opaco, sobre o qual toda a realidade se constrói como um anteparo fantasmático erguido contra a inconsistência do Outro. O País das Maravilhas que Alice encontra é repleto de seres estranhos e de situações bizarras, sobre os quais ela tenta impor o seu saber adquirido previamente, até perceber que o nonsense é a variável estável. O nonsense comparece nos registros que constituem o sujeito, mostrando que as identificações não são estáveis, que o simbólico é repleto de equívocos e que o real é sem lei. Por fim, discutiu-se como tal situação comparece na educação de maneira geral, observando-se que os professores têm mais condições de lidar com a pluralidade das situações, quando sustenta uma posição não-toda, pois, a cada novo impasse, precisam rever a sua lógica. Alice pode ensinar a educação a não recuar diante do Real. |