Avaliação dos resultados das condições perineais após o reparo de trauma perineal com cola cirúrgica ou fio de sutura até 8 meses de pós-parto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Brunelli, Wesllanny Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-22022021-121905/
Resumo: Introdução: existem poucos estudos sobre os resultados do uso da cola cirúrgica para o reparo perineal após o parto. Objetivos: comparar a intensidade da dor perineal, a ocorrência de incontinência urinária (IU), a força muscular do assoalho pélvico (FMAP), a função sexual (FS) e a satisfação da mulher após o reparo perineal com a cola cirúrgica ou fio de sutura até 8 meses após o parto. Metodologia: estudo longitudinal aninhado a um ensaio clínico (EC) randomizado. A população foi composta por mulheres participantes de um EC que tiveram o primeiro parto normal e que foram submetidas ao reparo de lacerações perineais de primeiro e/ou segundo graus ou episiotomia com cola cirúrgica Glubran 2® (Grupo experimental - GE) ou com fio de sutura Vicryl® (Grupo Controle - GC), em uma maternidade de Itapecerica da Serra, São Paulo, e que retornaram para avaliação ou aceitaram ser avaliadas em domicílio. As mulheres foram acompanhadas nos primeiros 8 meses de pós-parto em seis etapas: etapa 1: logo após o parto normal; etapa 2: entre 12 e 24 horas; etapa 3: entre 36 e 48 horas; etapa 4: entre 10 e 20 dias; etapa 5: entre 50 e 70 dias; e etapa 6: entre 6 e 8 meses de parto. As primeiras três etapas correspondem ao banco de dados do EC; a etapa 4 corresponde a um estudo transversal; e os dados das etapas 5 e 6 correspondem ao presente estudo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de ética em pesquisa da EEUSP, sob registro 2.44.813. Resultados: foram avaliadas 140 mulheres nas primeiras três etapas, 110 mulheres entre 10 e 20 dias de parto (etapa 4), 122 mulheres entre 50 e 70 dias (etapa 5) e 54 mulheres entre 6 e 8 meses de parto (etapa 6). Ao comparar a intensidade da dor perineal ao longo do tempo nos dois tipos de reparo perineal, o GE apresentou melhores resultados que o GC (p = 0,001). No entanto, não houve significância ao comparar a IU nas cinco primeiras etapas (p = 0,699) e o uso do ICIQ-SF na sexta etapa (p = 0,835). Em relação à FMAP, houve uma diferença de 4,96 pontos entre as médias do GE (média 32,39; dp 14,03) e GC (média 27,43; dp 12,75), porém sem significância (p = 0,331). Sobre o FS, percebeu-se que as mulheres do GE apresentaram médias de escore superior em todos os domínios, mas não houve significância (p = 0,504). O GE também apresentou melhores médias em relação à satisfação da mulher com o reparo perineal, porém também sem significância (p = 0,068). Conclusão: o uso de cola cirúrgica apresentou menor intensidade de dor perineal, significantemente, até 8 meses após o parto e melhores médias relacionadas à FMAP, à FS e à satisfação da mulher com o reparo perineal. A cola cirúrgica pode ser uma opção viável para diminuir as morbidades relacionadas ao reparo perineal após parto normal e aumentar a satisfação da mulher.