Metáforas do mosaico: Timor Leste em Ruy Cinatti e Luis Cardoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Costa, Letícia Villela Lima da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-06122012-174324/
Resumo: Na construção do discurso ainda incipiente de Timor Leste, Ruy Cinatti e Luis Cardoso são autores fundamentais. Ambos constroem discursos sobre Timor, calcados na necessidade de se pensar as questões identitárias. Com seu caráter multifacetado, Cinatti apresenta uma visão bastante ampla dos timorenses e de seu território, através de sua obra poética e também dos seus inúmeros estudos científicos sobre o local e seus habitantes. Cinatti é, sem dúvida, um dos poucos poetas que articulam ciência e poesia, inaugurando uma nova visão de Timor. É fundamental perceber também como houve, para ele, uma evolução na imagem do timorense, ou seja, como ele deixa de ser um simples elemento exótico, numa paisagem por si só já exótica, e passa a figurar como elemento de destaque. Durante os diversos períodos em que esteve no território timorense, Ruy Cinatti escreveu diversos estudos científicos, além das poesias. A análise de alguns desses documentos complementa a leitura da obra poética do autor. As inúmeras fotos tiradas por ele, bem como os registros em filme, também são elementos fundamentais para a compreensão global do discurso cinattiano acerca de Timor. Ruy Cinatti, assim como o conjunto da sua obra, influenciou o romancista timorense Luís Cardoso, que lança mão da memória para narrar acontecimentos pessoais, sempre ligados a fatos históricos do Timor. Utiliza-se constantemente da memória não-oficial para recuperar a história que não foi registrada. Sua narrativa tem fortes características da literatura oral, com pinceladas de realismo fantástico. O presente trabalho procura traçar um paralelo entre esses dois autores, mostrando como cada um constrói a sua própria imagem de Timor, e perceber como Timor se vai desenhando na narrativa desses dois autores.