Epidemiologia da vassoura-de-bruxa (Crinipellis perniciosa (STAHEL) Singer) em cacaueiros enxertados em Uruçuca, BA.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Alves, Silvio André Meirelles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-17022003-155824/
Resumo: A vassoura-de-bruxa é a doença mais importante da cultura do cacaueiro, nos países onde ela ocorre. Em 1989 foi constatada pela primeira vez a presença do patógeno causador dessa doença na principal região produtora do Brasil. A falta de medidas de controle eficientes resultou, nos últimos anos, em menor produção, mudanças no uso da terra, venda de propriedades, diminuição do nível de emprego e danos ao meio ambiente. Em vista do pouco conhecimento sobre aspectos epidemiológicos da doença nas condições do sudeste da Bahia, elaborou-se o presente trabalho com os seguintes objetivos: estudar o gradiente de infecção da vassoura-de-bruxa em ramos e frutos em cacaueiros enxertados; comparar o efeito de genótipos e três tratamentos (poda fitossanitária semestral, poda fitossanitária mensal e poda fitossanitária aliada a aplicação de fungicida mensais) no controle da doença; estudar o progresso da vassoura-de-bruxa no tempo, quantificado em ramos e frutos doentes. O experimento foi conduzido em Uruçuca, BA, em área contendo 16 genótipos diferentes, adjacente a uma área com cacaueiros abandonados com alta incidência da doença. A área experimental foi dividida em três partes, as quais receberam os seguintes tratamentos: poda fitossanitária semestral, poda fitossanitária mensal e poda fitossanitária aliada a aplicação de fungicida mensal. Pelo menos uma vez por mês foram contados os ramos e frutos com vassoura. Os resultados mostraram a ausência de evidência clara da existência de gradiente de doença. Os níveis de resistência genética à vassoura-de-bruxa de ramos e frutos não foram correlacionados entre si. Houve bom ajuste do progresso da doença ao modelo monomolecular. As menores taxas de crescimento foram obtidas no tratamento com poda e aplicação de fungicida mensal. O tratamento que combinou poda e pulverização com fungicida apresentou diferença significativa na redução do percentual de frutos com vassoura. Os genótipos NO-34, NO-17 e NO-02 foram os que apresentaram menores percentagens de frutos com vassoura, sendo significativamente diferentes dos genótipos NO-24 e NO-13.