Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Márcia Aparecida Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-01122022-120850/
|
Resumo: |
O fotoenvelhecimento é um dos diversos danos causados pela exposição prolongada à radiação solar, sendo uma preocupação estética que atualmente exige alta demanda terapêutica. Devido a tendência mundial em reduzir o uso de animais em pesquisas, um modelo alternativo se faz necessário para simular esta afecção e permitir a avaliação de cosméticos que atenuem seus efeitos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade e aplicação da cultura de explante de pele organotípica humana (hOSEC) para estudos de fotoenvelhecimento. Foram utilizadas peles provenientes do descarte de cirurgias de abdominoplastia para a montagem do modelo hOSEC e simulador solar Q-Sun XE-1S para reproduzir os danos do fotoenvelhecimento. O modelo hOSEC foi dividido em 4 grupos, o primeiro foi o controle não irradiado (CNI) e os demais foram irradiados em uma potência de 0,35 W/m2 /nm em diferentes tempos de exposição, de 5, 8 e 10 minutos (grupos IR 5\', IR 8\' e IR 10\', respectivamente). Os grupos foram cultivados por 14 dias e analisados nos dias 0, 7 e 14 por avaliação da viabilidade (método TTC), estudos histológicos para análise da estrutura tecidual e análise de colágeno (colorações HE e Picrosirius), estudos imuno-histoquímicos para avaliação da proliferação, estresse oxidativo e citocinas pró-inflamatórias (marcação de Ki-67, 4-HNE e NFκB, respectivamente), e bioquímicos para quantificação da defesa antioxidante (ensaio de DPPH e GSH) e quantificação dos danos oxidativos (ensaio de MDA e de hidroperóxidos lipídicos por ensaio de FOX). Os resultados do método TTC demonstraram que todos os grupos se mantiveram viáveis durante todo o período de experimento. Histologicamente, todos os grupos irradiados apresentaram estruturas teciduais semelhantes ao CNI até o D7, enquanto no D14 houve danos mais acentuados nos grupos IR 8\' e IR 10\' quanto a junção dermoepidérmica e quantidade de queratinócitos em apoptose. Quanto ao colágeno, o grupo IR 10\' demonstrou uma diminuição exacerbada de colágeno tipo I e um aumento significativo do colágeno tipo III em todos os dias de análise, quando comparado aos demais grupos, enquanto o grupo IR 5\' foi semelhante ao CNI. Nos estudos imuno-histoquímicos, a marcação de Ki-67 mostrou que todos os grupos estavam com a capacidade proliferativa preservada na camada basal e, portanto, viáveis durante todo o experimento. Na marcação de 4-HNE houve um aumento de estresse oxidativo no D7 seguindo para uma diminuição no D14 em todos os grupos. Na marcação de NFκB, houve uma diminuição gradativa ao longo dos dias em todos os grupos. Em relação as defesas antioxidantes, não houve resultados significantes entre os grupos no ensaio de DPPH, porém, o CNI apresentou maior quantidade de GSH em relação aos grupos irradiados no D7. Os grupos irradiados demonstraram maiores níveis de estresse oxidativo. Concluindo, o grupo IR 5\' se mostrou ideal para o objetivo do estudo, apresentando danos de fotoenvelhecimento sem inviabilizar o modelo. Nossos resultados demonstram a viabilidade e aplicação do modelo hOSEC para o estudo do fotoenvelhecimento, podendo se constituir em uma importante ferramenta para avaliação de produtos cosméticos voltados para a prevenção e tratamento do fotoenvelhecimento. |