Avaliação de metodo imunoenzimático para detecção de anticorpos IgM contra antígenos circulantes de Schitosoma mansoni para fins epidemiológicos em área de baixa endemicidade para esquistossomose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Oliveira, Edward José de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-21032024-150337/
Resumo: No presente estudo, o método de ELISA para pesquisa de anticorpos IgM contra uma fração do extrato total de vermes adultos de Schistosoma mansoni, solúvel em ácido triclero acético (fração TCA-solúvel), foi avaliada para fins epidemiológicos. Participaram do estudo 897 indivíduos, de 1 a 80 anos de idade, de ambos os sexos, residentes em áreas expostas ao risco de contaminação pelo S. mansoni, no município de Pedro de Toledo, Estado de São Paulo. Os resultados do método ELISA-IgM foram comparados aos obtidos por outros métodos imunológicos, em 591 amostras de sangue coletadas em papel de filtro, e aos resultados encontrados pela técnica de Kato-Katz, em 749 amostras de fezes submetidas ao estudo. Índices de positividade sorológica de 36,8%, 33,5%, 33,2% e de 51,6% foram observados respectivamente pelos métodos de ELISA-IgM, RIF-IgM, RIF-IgG e ELISA-IgG, sendo de 1,6% a prevalência parasitológica para S. mansoni pelo método de Kato-Katz. A concordância observada quando se compararam os resultados do ELISA-IgM com os da RIF-IgM foi boa (índice Kappa de 0,89), mas os índices de concordância entre o ELISA-IgM e os outros métodos sorológicos foram pouco satisfatórios (Kappa de 0,78 e 0,59 para RIFI-IgG e ELISA-IgG, respectivamente). A concordância foi extremamente baixa entre ELISA-IgM e o método de Kato-Katz (Kappa=0,04). A especificidade do ELISA-IgM foi de 96%, quando avaliada em um grupo controle composto por indivíduos fortemente infectados por outros helmintos que não o S. mansoni. A determinação da sensibilidade do ELISA-IgM ficou prejudicada devido ao pequeno número de indivíduos positivos pelo exame parasitológico de fezes. Somente 12 amostras foram positivas para ovos de S. mansoni. A boa concordância observada entre o ELISA-IgM e a RIFI-IgM permite sugerir ser o método em avaliação uma importante ferramenta diagnóstica para fins epidemiológicos da esquistossomose em áreas de baixa